quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Decepção chamada Belluzzo
Professor de Economia, que ministrou aulas na Unicamp, uma das principais do Brasil. Um dos fundadores da Facamp, criada com o propósito de fazer concorrências às principais faculdades da região de Campinas. Cotado para ser Ministro no Governo Lula. Foi assim que 2009 começou para Luiz Gonzaga Belluzzo, que largou muita coisa para assumir a presidência do Palmeiras, em janeiro.
Faltando poucos dias para acabar o ano, o prestígio do economista parece cada vez mais abalado. Apontado por muitos como um dos dirigentes mais sensatos do novo futebol brasileiro, Belluzzo deixou de ser um modelo para ser alvo de críticas. Sua paixão pelo Palmeiras o fez assumir atitudes inesperadas, principalmente após a queda de rendimento do seu time em campo.
Belluzzo demitiu Vanderlei Luxemburgo no meio do trabalho, coisa que não era de seu feitil, e gastou muito mais dinheiro do que o Palmeiras poderia (uma reportagem da revista Placar indica que o orçamento alviverde estourou em R$ 10 milhões). Trouxe Obina e Vágner Love, dois erros revelados ao longo do ano.
Xingou Carlos Eugênio Simon após o gaúcho errar na derrota palmeirense para o Fluminense. Por último, brincou com o apelido bambi da torcida do São Paulo em uma festa da torcida do Palmeiras. Pediu desculpas, mas ficou feio para quem poderia mudar o futebol brasileiro com pequenas atitudes.
Que decepção!
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Afinal: tá ou não tá?
Acabou a festa.
O STJD revogou o pedido do São Paulo e, portanto, Jean, Dagoberto e Borges seguem vetados para a partida contra o Botafogo, neste domingo, no Rio de Janeiro.
O curioso é como um erro pode triplicar. Além de punir (da mesma forma) os diferentes lances do trio são-paulino, o STJD anunciou a liberação dos três e, minutos depois, voltou atrás em sua decisão.
É por isso que, no futebol atual, ter um advogado muito competente se equivale a contratar um camisa 9 goleador ou um camisa 10 habilidoso...
Força dos bastidores
Pode comemorar, Rogério Ceni!
http://oglobo.globo.com/esportes/brasileiro2009/mat/2009/11/19/sao-paulo-consegue-efeito-suspensivo-jogadores-punidos-pelo-stjd-podem-enfrentar-botafogo-914839631.asp
O São Paulo acabou de obter um efeito suspensivo para o volante Jean e os atacantes Dagoberto e Borges. Isso significa que, apesar de terem sido suspensos por três partidas, o trio está liberado para enfrentar o Botafogo, neste domingo, no Rio de Janeiro, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Achei que as suspensões de Dagoberto e, principalmente, Jean foram abusivas, mas concordei com o gancho de Borges. A única coisa que não concordo além disso é: por que punir com três jogos e depois soltar o efeito suspensivo? Falta critério.
Como perder o título em dez jogos
Como destruir uma chance de título que parecia tão certo na galeria do Palmeiras? O Verdão conseguiu isso. Mesmo estando cinco pontos a frente do São Paulo e outros 12 do Flamengo, o time sucumbiu à pressão de ser líder e não soube segurar o posto. A derrota por 2 x 0 para o Grêmio, todavia, expõe uma nova fraqueza: o destempero.
E, aos que rotulam Obina e Maurício como únicos culpados, é bom voltar no tempo. Durante a derrota para o Flamengo (2 x 0, em São Paulo), o goleiro Marcos atirou contra os companheiros, por erros de marcação e posicionamento. Desde então, virou rotina entrevistar o camisa 12, maior ídolo do clube, para colher declarações que estamparão as páginas de jornais no dia seguinte.
Continuando. Há uma semana, o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo deu uma insana entrevista, dizendo que, caso encontrasse Carlos Eugênio Simon na rua, daria umas porradas no árbitro gaúcho. Descontrolado, Belluzzo pegou nove (exagerados) meses de suspensão no STJD.
Depois do presidente, vem (em menor escala) o técnico, ao dizer que não sente a pressão e sempre trabalha melhor em situações assim. É verdade: no São Paulo, Muricy engrenou após as crises, mas lá e cá são lugares diferentes. O elenco são-paulino não dava pintas de que estava rachado, como aparenta estar este palmeirense.
A briga entre Maurício e Obina é apenas o apogeu de um problema que já havia começado há muito tempo. Soma-se a ele a chegada de Vágner Love a preço de ouro, as frustrações vividas por Diego Souza com a camisa da Seleção Brasileira, as contusões de Pierre e Cleiton Xavier, o rombo financeiro na qual o Palmeiras se meteu (deve R$ 10 milhões para a Traffic, sua "parceira"), os tropeços para Avaí, Náutico, Coritiba, Sport...
É assim que se destrói um campeão brasileiro. Ressalto que a culpa, em menos escala, é de Muricy Ramalho, que talvez tenha se precipitado em assumir o Palmeiras um mês após deixar o São Paulo. Os jogadores, que não corresponderam ao incondicional apoio da torcida, e a diretoria, que age mais emocionalmente do que racionalmente, são os quem devem responder.
FOTO: GAZETA PRESS
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Onde Anda: Júnior Baiano, ex-zagueiro de São Paulo, Flamengo, Palmeiras e Vasco
Poucos tiveram uma carreira tão cheia de títulos e polêmicas quanto Raimundo Ferreira Ramos Júnior, mais conhecido como Júnior Baiano. Com 39 anos e após defender clubes como São Paulo, Palmeiras, Flamengo, Vasco e Internacional, além da Seleção Brasileira, o defensor fecha sua carreira com a camisa 18 do Miami FC, time de Zinho, ex- meia de Flamengo, Palmeiras, Grêmio e Seleção.
A carreira do polêmico zagueiro começou em 1989, com a camisa do Flamengo. Aproveitando-se de seu 1,95 m, ganhou destaque por marcar gols tanto de cabeça quanto em bolas paradas. No entanto, Júnior Baiano também era visto como bad boy. A fama o atrapalhou no começo da carreira.
Ele só começou a mudar esta postura em 1994, quando foi emprestado para o São Paulo. Sob comando de Telê Santana, virou titular no Morumbi e conseguiu uma transferência para o futebol alemão, onde defendeu o Werder Bremen. Voltou ao Brasil em meados de 96, para vestir pela segunda vez a camisa do Flamengo.
Seleção e a decepção em 98!
Sua volta fez com que Zagallo olhasse atentamente seu futebol. A grande fase pelo Flamengo, ao lado de Romário, fez Júnior Baiano ganhar uma chance como titular da Seleção Brasileira. Ganhou a posição de companheiro de Aldair no segundo semestre de 1997. Em sua primeira competição com a camisa amarela, foi campeão da Copa das Confederações.
Mas o que tinha para ser uma passagem histórica pelo Brasil virou decepção. Com a camisa 3, foi um dos principais fiascos da Seleção na Copa da França, em 98. Ficou marcado por fazer um pênalti em Tore Andre Flo, na derrota por 2 x 1 para a Noruega. A decepção foi tão grande que, após 25 partidas e dois gols marcados, o zagueiro nunca mais defendeu a camisa amarela.
O recomeço em São Paulo!
Júnior Baiano deixou o futebol carioca em 98 para mudar-se para São Paulo, comprado pela Parmalat e repassado ao Palmeiras. No Palestra Itália, conquistou a Libertadores de 99, sendo o artilheiro do time na competição, com cinco gols. No mesmo ano, foi vice-campeão mundial em 99, após a derrota para o Manchester.
Com a saída da Parmalat, deixou o Palmeiras e voltou ao Rio de Janeiro, para jogar no Vasco. Foi vice-campeão mundial em 2000, após derrota para o Corinthians, mas ganhou a Copa Mercosul e o Campeonato Brasileiro, ao lado de estrelas como Hélton, Juninho Paulista, Euller, Juninho Pernambucano e Romário.
A queda!
A passagem pelo Vasco foi o último grande suspiro da carreira de Júnior Baiano. Quando completou 30 anos, passou a perambular por vários clubes. Teve duas passagens pela China, pelo Shanghai Shenhua, além de defender as camisas de Internacional, por poucos meses, e Flamengo.
Júnior Baiano também defendeu as camisas de América-RJ, Brasiliense e Volta Redonda, além de uma curta passagem pelo Macapá. Desde janeiro deste ano, defende o Miami FC, na USL First Division, uma espécie de segunda divisão do futebol estadunidense.
Atualmente Junior Baiano, quando está no Rio de Janeiro, reúne com amigos na praia do Recreio e participa de jogos amadores. No final d mês, por exemplo, esteve no interior mineiro em um jogo festivo.
A carreira do polêmico zagueiro começou em 1989, com a camisa do Flamengo. Aproveitando-se de seu 1,95 m, ganhou destaque por marcar gols tanto de cabeça quanto em bolas paradas. No entanto, Júnior Baiano também era visto como bad boy. A fama o atrapalhou no começo da carreira.
Ele só começou a mudar esta postura em 1994, quando foi emprestado para o São Paulo. Sob comando de Telê Santana, virou titular no Morumbi e conseguiu uma transferência para o futebol alemão, onde defendeu o Werder Bremen. Voltou ao Brasil em meados de 96, para vestir pela segunda vez a camisa do Flamengo.
Seleção e a decepção em 98!
Sua volta fez com que Zagallo olhasse atentamente seu futebol. A grande fase pelo Flamengo, ao lado de Romário, fez Júnior Baiano ganhar uma chance como titular da Seleção Brasileira. Ganhou a posição de companheiro de Aldair no segundo semestre de 1997. Em sua primeira competição com a camisa amarela, foi campeão da Copa das Confederações.
Mas o que tinha para ser uma passagem histórica pelo Brasil virou decepção. Com a camisa 3, foi um dos principais fiascos da Seleção na Copa da França, em 98. Ficou marcado por fazer um pênalti em Tore Andre Flo, na derrota por 2 x 1 para a Noruega. A decepção foi tão grande que, após 25 partidas e dois gols marcados, o zagueiro nunca mais defendeu a camisa amarela.
O recomeço em São Paulo!
Júnior Baiano deixou o futebol carioca em 98 para mudar-se para São Paulo, comprado pela Parmalat e repassado ao Palmeiras. No Palestra Itália, conquistou a Libertadores de 99, sendo o artilheiro do time na competição, com cinco gols. No mesmo ano, foi vice-campeão mundial em 99, após a derrota para o Manchester.
Com a saída da Parmalat, deixou o Palmeiras e voltou ao Rio de Janeiro, para jogar no Vasco. Foi vice-campeão mundial em 2000, após derrota para o Corinthians, mas ganhou a Copa Mercosul e o Campeonato Brasileiro, ao lado de estrelas como Hélton, Juninho Paulista, Euller, Juninho Pernambucano e Romário.
A queda!
A passagem pelo Vasco foi o último grande suspiro da carreira de Júnior Baiano. Quando completou 30 anos, passou a perambular por vários clubes. Teve duas passagens pela China, pelo Shanghai Shenhua, além de defender as camisas de Internacional, por poucos meses, e Flamengo.
Júnior Baiano também defendeu as camisas de América-RJ, Brasiliense e Volta Redonda, além de uma curta passagem pelo Macapá. Desde janeiro deste ano, defende o Miami FC, na USL First Division, uma espécie de segunda divisão do futebol estadunidense.
Atualmente Junior Baiano, quando está no Rio de Janeiro, reúne com amigos na praia do Recreio e participa de jogos amadores. No final d mês, por exemplo, esteve no interior mineiro em um jogo festivo.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Os méritos do Guarani
O sábado pode marcar finalmente a volta do Guarani à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Parece pouco para quem foi campeão em 78 e vice oito anos depois. Mas, da ótica do torcedor que sofreu com o time na Série A2 do Campeonato Paulista e na Série C do Brasileiro, o resultado é quase como um milagre.
Mas é preciso entender quais os méritos do Guarani na campanha da Série B. Afinal, nenhum outro time (nem mesmo o Corinthians) ficou as 38 rodadas no G4 como o próprio time alviverde dá pintas que conseguirá. O curioso é ver o sucesso no segundo semestre após o fracasso e mais um rebaixamento na primeira metade do ano.
O acesso começou quando a diretoria do Guarani anunciou a chegada de Vadão. Experiente, o treinador já estava apalavrado desde meados do Paulistão, mas preferiu não assumir o time para evitar um desgaste com a torcida. Após o rebaixamento, começou o seu trabalho e montou o time que ninguém esperava. Graças, também, à omissão do presidente Leonel Martins de Oliveira, que passou a batuta ao treinador e comprou suas idéias integralmente.
Ao contrário da rival Ponte Preta, que contratou a rodo e sem muito critério, o Guarani foi atrás de entrosamento. Tirou Caíque, Nei Paraíba e Luciano Santos do Oeste. Contratou Bruno Aguiar, Dão e Rodriguinho do Mirassol. Trouxe Cléber Goiano e Eduardo, companheiros de Paulista. E fechou também com Walter Minhoca e Fabinho, do Botafogo. Único, apenas Ricardo Xavier, que vestira a camisa do Ituano. Ou seja: a estrutura do time já estava montada.
Foi com este entrosamento que o Guarani deslanchou. Nos primeiros oito jogos, venceu sete e empatou um. A primeira derrota veio apenas na 12ª rodada. O time caiu de produção no meio da competição, mas se ergueu baseado no trabalho de Vadão. Durante o torneio, ainda trouxe reforços. Harison veio para o lugar de Minhoca, Bruno Cazarine e Neto Potiguar chegaram para fazer sombra a Xavier e Léo Mineiro assumiu a vaga que era de Rodriguinho.
O acesso não veio contra o Ceará, no sábado passado, por milagre. O time esteve duas vezes na frente, mas sofreu o empate. Agora contra o Bahia, nem precisa vencer para subir. Um ponto em duas rodadas é o bastante. Parabéns ao Guarani. E a Vadão, que foi injustiçado em suas passagens por Corinthians e São Paulo e parece reerguer a carreira iniciada em meados da década de 90.
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