segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Os méritos do Guarani



O sábado pode marcar finalmente a volta do Guarani à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Parece pouco para quem foi campeão em 78 e vice oito anos depois. Mas, da ótica do torcedor que sofreu com o time na Série A2 do Campeonato Paulista e na Série C do Brasileiro, o resultado é quase como um milagre.

Mas é preciso entender quais os méritos do Guarani na campanha da Série B. Afinal, nenhum outro time (nem mesmo o Corinthians) ficou as 38 rodadas no G4 como o próprio time alviverde dá pintas que conseguirá. O curioso é ver o sucesso no segundo semestre após o fracasso e mais um rebaixamento na primeira metade do ano.

O acesso começou quando a diretoria do Guarani anunciou a chegada de Vadão. Experiente, o treinador já estava apalavrado desde meados do Paulistão, mas preferiu não assumir o time para evitar um desgaste com a torcida. Após o rebaixamento, começou o seu trabalho e montou o time que ninguém esperava. Graças, também, à omissão do presidente Leonel Martins de Oliveira, que passou a batuta ao treinador e comprou suas idéias integralmente.

Ao contrário da rival Ponte Preta, que contratou a rodo e sem muito critério, o Guarani foi atrás de entrosamento. Tirou Caíque, Nei Paraíba e Luciano Santos do Oeste. Contratou Bruno Aguiar, Dão e Rodriguinho do Mirassol. Trouxe Cléber Goiano e Eduardo, companheiros de Paulista. E fechou também com Walter Minhoca e Fabinho, do Botafogo. Único, apenas Ricardo Xavier, que vestira a camisa do Ituano. Ou seja: a estrutura do time já estava montada.

Foi com este entrosamento que o Guarani deslanchou. Nos primeiros oito jogos, venceu sete e empatou um. A primeira derrota veio apenas na 12ª rodada. O time caiu de produção no meio da competição, mas se ergueu baseado no trabalho de Vadão. Durante o torneio, ainda trouxe reforços. Harison veio para o lugar de Minhoca, Bruno Cazarine e Neto Potiguar chegaram para fazer sombra a Xavier e Léo Mineiro assumiu a vaga que era de Rodriguinho.

O acesso não veio contra o Ceará, no sábado passado, por milagre. O time esteve duas vezes na frente, mas sofreu o empate. Agora contra o Bahia, nem precisa vencer para subir. Um ponto em duas rodadas é o bastante. Parabéns ao Guarani. E a Vadão, que foi injustiçado em suas passagens por Corinthians e São Paulo e parece reerguer a carreira iniciada em meados da década de 90.

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