
O Corinthians não existe mais. Pelo menos não mais aquele time que venceu o Campeonato Paulista de forma invicta e a Copa do Brasil com brilhantismo, principalmente em jogos contra Fluminense e Internacional. A base daquela equipe foi vendida para o futebol europeu e agora, para remontar tudo, será muito complicado.
Os primeiros a saírem foram o lateral André Santos e o volante Cristian, comprados pelo Fenerbahçe (TUR). Depois, o lateral Wellington Saci foi emprestado ao Atlético-MG e o atacante Otacílio Neto, ao Barueri. O meia Douglas foi vendido ao Al Wahda, do Catar, enquanto o meia Lulinha foi emprestado ao Estoril (POR). Além disso, sofreu com a contusão do atacante Ronaldo, que o tirará dos gramados por oito jogos.
As negociações podem não parecer significativas, mas trazem à tona a constatação de que o Corinthians tinha um grande time, mas não um grande elenco. A diretoria ainda caiu no erro de vender dois laterais-esquerdo e dois meias. Ou seja, vendeu o titular e o reserva. E o planejamento da Libertadores?
Na lista de reforços, trouxeram o volante Edu (totalmente diferente de Cristian) e o atacante Bill, do Bragantino. Pouco para quem quer manter a sina de conquistas. Falta ainda um lateral-esquerdo (Sylvinho é o preferido) e um meia de criação, jogador praticamente raro nos dias atuais.
Da noite para o dia, o Corinthians deixou de ser um time de futebol altamente competitivo para virar "businnes", como bem descreveu o diretor de futebol Mário Gobbi. Tá certo, o futebol pode até ter virado businnes. Mas a torcida corintiana não quer nem saber se este ou aquele saiu. A cobrança será a de quem venceu os três últimos títulos que disputou.
Azar de quem vendeu.