
Ricardo Gomes foi anunciado como novo técnico do São Paulo em 20 de junho e começou a trabalhar quatro dias depois. Hoje, 44 dias após seu início, o treinador recebe os primeiros elogios da imprensa e até mesmo da torcida do São Paulo. Em dez jogos, foram seis vitórias, dois empates e duas derrotas, um aproveitamento de 66,6% dos pontos disputados. Ainda é cedo para falar se ele é o nome ideal, mas é preciso reconhecer alguns méritos:
1 - Estilo de jogo
O São Paulo deixou de lado a bola parada e os gols de cabeça para voltar a jogar com o pé. Dos 16 gols marcados desde a chegada de Ricardo Gomes, só dois foram de cabeça. O time ainda fez um gol de falta e dois em cobranças de pênaltis. Isso sim é uma mudança de estilo. Bem diferente dos intermináveis chuveirinhos...
2 - Toque de bola
Além de evitar as bolas altas, o São Paulo decidiu adotar um estilo de jogo veloz, com toque de bola, ao invés de trombadores no meio-campo. Jean ganhou a vaga de Zé Luís e Richarlyson, a de Eduardo Costa. Dagoberto passou a ser titular absoluto e cresceu de produção, assim como Hernanes.
3 - Dagoberto
Na minha visão, o principal mérito da era Ricardo Gomes. Dagoberto ganhou espaço na equipe e passou a ser fundamental. Com Muricy, joga uma, ficava duas fora, voltava de novo... Agora, o camisa 25 virou absoluto e ganhou confiança para jogar. Resultado: quatro gols nos últimos jogos, além das assistências. Até os cartões amarelos sumiram.
4 - Washington ou Borges
Com o novo técnico, é assim: apenas um tem espaço no time titular. Deste jeito, o São Paulo passou a ser mais perigoso e consistente. É sabido que dois centroavantes parados não dão certo juntos. Muricy insistiu no poder ofensivo dos dois e esqueceu o que Ronaldo e Adriano fizeram na Copa de 2006.
5 - Confiança
Os resultados apareceram, mesmo após um início inconstante, e deram confiança ao time, que acertou o pé novamente e deve brigar pelas primeiras posições na tabela. Hoje, o São Paulo está mais preparado, por exemplo, do que o Corinthians, que vendeu três titulares, ou o Atlético-MG, que não tem peças de reposição.
6 - Rogério Ceni
A previsão era de sete meses. Tinha gente que acreditava em Rogério Ceni somente em 2010. Ou em outubro. Mas ele é diferente. Fez fisioterapia quase todos os dias desde a sua cirurgia no tornozelo esquerdo, em 13 de abril, e deve voltar ao time, no mais tardar, em 19 de agosto, contra o Fluminense. Ainda dá tempo de voltar no dia 9, contra o Goiás. Sua presença será importantíssima para o crescimento do time.
Um comentário:
Eu te amo... Mas quer parar de ser tão São Paulino!!
Bjus... hehehe
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