quinta-feira, 25 de junho de 2009

Cara de campeão


2002. Santos classifica-se em oitavo na fase de classificação e pega, de cara, o melhor time do campeonato, o São Paulo. Diego e Robinho crescem a acabam com a marra de Kaká, Ricardinho e companhia. Resultado: eliminam o Tricolor e partem rumo ao título brasileiro, então inédito.

2004. Diego pega rebote pelo lado direito e cruza na área. Luís Fabiano acerta um coice na cabeça de um zagueiro argentino e a bola sobra para Adriano. O Imperador enche o pé e acerta o canto esquerdo, estufando a rede e empatando a decisão da Copa América. O resultado, todos já conhecem.

2005. Cicinho corta para o meio do campo e arrisca de perna esquerda, a sua mais fraca. O chute sai certeiro, no ângulo esquerdo de Marcos, que pula, mas em vão. O gol garante a vitória do São Paulo e faz o time avançar na Copa Libertadores.

2006. Rogério Ceni larga cruzamento de Jorge Wagner nos pés de Fernandão. O camisa 9 completa o erro do goleiro são-paulino e abre o placar para o Inter, no Beira-Rio, na segunda final da Libertadores. Era o caminho para o título.

Os exemplos acima mostram que, quando é pra ser, ninguém tira (frase poética, não?). É possível perceber quando um time tem cara de campeão. Acontece todo ano, é só prestar atenção. Nas próximas semanas, a tese ganhará mais dois exemplos fortes: Corinthians e Cruzeiro.

O Timão carimbará seu tricampeonato da Copa do Brasil contra o Internacional no próximo 1º de julho. A marca da conquista é o gol de coxa de Jorge Henrique, nas quartas-de-final contra o Fluminense. Você já viu um gol parecido com aquele? Não? Pois é, nem eu! É sinal de que a taça ficará no Parque São Jorge. A vitória por 2 a 0 na primeira partida e a possibilidade de uma derrota por um gol é outro sinal.

Em relação ao Cruzeiro, basta ver a aplicação do time. Venceu o favorito São Paulo com duas exibições incontestáveis. Nesta quarta, atropelou o também favorito Grêmio e só não enfiou mais porque relaxou no final. A marca da conquista? O gol do volante Henrique, contra o São Paulo, no Morumbi. Nunca um chute entrou tão rente à trave direita e ao travessão como aquele. Que curva! Que chutaço! Golaço!

Pode ser que eu erre e Internacional e Grêmio mostrem que, como diz o ditado gaúcho, "não está morto quem peleia". Os dois têm times fortíssimos e podem vencer Corinthians e Cruzeiro, como estes fizeram quando foram mandantes. Mas não sei não... a pinta de campeão está com paulistas e mineiros.

domingo, 21 de junho de 2009

2009 acabou


Depois de demitir o técnico Muricy Ramalho na última sexta-feira, o São Paulo já anunciou seu substituto. É Ricardo Gomes, ex-zagueiro de Fluminense, Paris Saint Germain (FRA) e Seleção Brasileira. Seu currículo como treinador, porém, não chega nem aos pés dos frutos colhidos em sua época de atleta.

Aos 44 anos, Ricardo Gomes trabalhou no Vitória, no Sport, no Guarani, no Juventude, no Flamengo e no Fluminense. Destes, fez um bom papel somente no Juventude, quando foi 7º colocado no Campeonato Brasileiro de 2002. Depois, assumiu a Seleção Brasileira sub-23, com o objetivo de levar o time às Olimpíadas.

O time tinha Kaká, Diego, Robinho, Elano, Daniel Carvalho, Adriano, Nilmar, Dagoberto... e ficou pelo caminho. No Torneio Pré-Olímpico, Kaká e Adriano não jogaram porque não foram liberados por seus clubes, mas o resto estava em campo. Resultado: decepção e eliminação após derrota para o fraco Paraguai.

Depois daí, Ricardo Gomes rodou o futebol francês. Dirigiu Bordeaux (foi campeão nacional) e Monaco, onde nunca engrenou. Seu último trabalho não o credencia a resolver os problemas do São Paulo. Ficou em 11º lugar no Campeonato Francês e foi dispensado duas rodadas antes do término do torneio.

Conclusão
Digo tudo isso porque, no momento em que Juvenal Juvêncio contratou Ricardo Gomes, acredito que a temporada de 2009 acabou. O time não se encontra em campo, não tem Rogério Ceni e, agora, apostará em um técnico mediano, que coleciona trabalhos abaixo da média. Apesar de ser um ser humano decente (acredito!), ele está longe de ser o nome ideal.

Aposto também que Ricardo Gomes ficará somente até o final do ano no São Paulo. A partir daí, o clube procurará um nome de mais peso. Cuca (que tem bom relacionamento com Juvenal) é o favorito, na minha opinião, mas Abel Braga (se a multa rescisória no Catar não pesar) pode entrar na briga. Tite, dependendo de seus resultados pelo Internacional, também é um nome forte.

Paulo Autuori é o preferido, mas...

É... o ano de 2009 acabou. O São Paulo terá que se contentar em disputar, talvez, a Copa do Brasil, enquanto o rival Corinthians retorna à Libertadores. Triste, né?!

FOTO: DANIEL KFOURI (AP)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Fim de um ciclo


Muricy Ramalho não é mais técnico do São Paulo. A decisão foi tomada no início da noite desta sexta-feira, quando o presidente Juvenal Juvêncio se reuniu com o treinador e anunciou que não havia mais clima para que ele continuasse na direção do clube. Assim, o contrato de Muricy com o São Paulo, válido até dezembro de 2010, será rescindido.

A gota d'água foi justamente a eliminação na Libertadores nesta quarta-feira, diante de um Morumbi lotado. O Cruzeiro fez o que quis com o São Paulo e venceu por 2 a 0. Muricy foi apoiado pela torcida, que gritou seu nome ao final do jogo, mas deixou claro seu abatimento e constrangimento pelo resultado.

É complicado comentar a atitude de Juvenal Juvêncio, principalmente porque escrevi há poucas semanas um texto defendendo a permanência de Muricy Ramalho no clube. Mas de fato sua situação ficou insustentável. Estive no Morumbi nesta quarta-feira e, assim como os outros 52 mil torcedores, fiquei abismado com a apatia do time são-paulino.

Muricy não entra em campo. Não faz gols, muito menos os perde. Mas é ele quem escala. E, contra o Cruzeiro, escalou novamente mal. Richarlyson não pode ser terceiro zagueiro. Eduardo Costa não pode distribuir tanta pancada no meio-campo. Zé Luís não pode ser lateral-direito. E Washington não pode ser intocável. Com Muricy, isso acontecia de uma vez só.

Durante o jogo, tive a sensação de que Muricy não tem mais o que inventar no São Paulo. Suas inovações táticas ou montagens de time ficaram manjadas. O time ficou manjado, sempre com a bola aérea. Muricy não consegue mais ser novidade. Virou banal. É o fim de um ciclo vitorioso. Apesar de todos os problemas, foi ele quem deu o único tricampeonato seguido da história do clube. E mais: transformou o São Paulo no maior campeão brasileiro de todos, com 6 taças.

E agora?
Fica a pergunta: quem assumirá o São Paulo agora? Milton Cruz comandará o time no clássico contra o Corinthians. Tem pessoas livres no mercado, como Nelsinho Baptista, Renato Gaúcho e Geninho, mas não acredito em nenhum. Se pudesse apostar, jogaria minhas fichas em Abel Braga. Mas não descarto o nome de Cuca, que deve deixar o Flamengo em caso de mais uma derrota.

Vale lembrar: a montagem do time campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes começou com Cuca, ainda em 2004. Ele foi aposta de Juvenal. Seria ele o cara?

FOTO: VIPCOMM

terça-feira, 16 de junho de 2009

Lugar cativo


Gilberto Silva. Kléber. Robinho. Existem três titulares da atual Seleção Brasileira que não correspondem quando entram em campo. Estes três nomes, porém, vivem uma situação curiosa. Mesmo não rendendo o esperado em campo, têm uma absoluta certeza: serão titulares na Copa do Mundo de 2010.

A começar por Gilberto Silva. Ele foi um monstro em 2002 e mereceu ficar com a vaga de titular durante a Copa. Viveu momentos áureos no Arsenal e virou um dos melhores da Europa. Mas passou. Hoje, aos 32 anos, tudo o que tinha de diferente dos demais ficou pelo caminho. Gilberto era dono de um bom passe, de cabeceios precisos, de explosão física e qualidade de marcação. Hoje, o que vemos é o oposto: um volante lento, de passes verticais e bastante limitado.

Kléber virou solução para a lateral-esquerda após sua grande fase no Santos, em 2007. Mas, de lá pra cá, não jogou mais NENHUMA partida boa. Era notável sua habilidade de passe. Hoje, isso não existe. Na vitória sobre o Egito, 4 a 3, na segunda-feira, Kléber não atacou e muito menos marcou. É um peso morto com a camisa 6. Nem de longe mostra condições para substituir Roberto Carlos.

Com Robinho, o caso é até mais sério. Diferente dos outros, ele já foi unanimidade, quando jogava no Santos. Depois que foi para a Europa, sumiu. Virou reserva no Real Madrid e, agora, joga no fraco Manchester City. Na Seleção, fez uma grande Copa América em 2007 e... só! Robinho é individualista, egoísta, brincalhão demais, pouco objetivo. Desaprendeu tudo que sabia no Santos e, na Inglaterra, não acrescentou nada à seu repertório. Virou um Denilson...

Estes três são os principais problemas para Dunga resolver na Seleção. Nomes para substituí-los não faltam. No meio, Lucas (Liverpool), Denilson (Arsenal), Ramires (Cruzeiro), Hernanes (São Paulo) e Renato (Sevilla), por exemplo. Na lateral, Marcelo (Real Madrid), Fábio Aurélio (Liverpool) e Juan (Flamengo). No ataque, então, nem se fala: Nilmar (Inter), Pato (Milan), Keirrison (Palmeiras) e Ronaldinho (Milan), fora os de mais presença de área, como Fred (Fluminense), Grafite (Wolfsburg), Ronaldo (Corinthians)...

A Seleção Brasileira não tem carência de jogadores. Pelo contrário. Existe até abundância. Por este motivo, deixar estes jogadores chega a ser burrice. Apesar dos apelos, sei que não adianta falar. Dunga morrerá abraçado com os três, garantidos na Copa 2010. Se vencer, virarão craques. Se perder... bem, deixa pra lá!

sábado, 13 de junho de 2009

Cristiano Ronaldo - O mais caro de todos os tempos


O atacante Cristiano Ronaldo é o novo reforço do Real Madrid. Os espanhóis preferem não confirmar o acerto, mas o Manchester United já aceitou a oferta de 96 milhões de euros pelo craque português. O negócio está tão fechado com Ronaldo sabe até que camisa usará no time merengue. Acostumado ao número 7, o português será o camisa 9, uma vez que Raúl, queridinho da torcida espanhola, já é o 7.

Os 96 milhões de euros desembolsados pelo Real Madrid fazem com que Ronaldo seja o jogador mais caro da história do futebol mundial. Antes, o posto pertencia a Zinedine Zidane, que deixou a Juventus rumo ao próprio Real, em 2001, pela bagatela de 70 milhões. Logo depois, vem Kaká, comprado pelo Real Madrid por 65 milhões de euros, na semana passada.

É fácil criticar os valores. Em tempos de crise, são raríssimos aqueles que tem 161 milhões de euros para torrar em dois jogadores apenas. Mas, como diria um amigo meu: "Deus deu vida para todos para cada um cuidar da sua". O dinheiro é do Real Madrid, do presidente Florentino Pérez, e não meu. Portanto, faça o que quiser com ele.

O que pode ser analisado é a montagem do time, que lembra muito a utilizada a partir de 2000. Com Florentino Pérez no comando, o Real Madrid comprou Figo, Zidane, Beckham, Ronaldo e Owen e montou um time galáctico, que tinha um super-ataque e uma defesa frágil demais. Títulos importantes vieram (uma Liga dos Campeões, quando estavam apenas Figo e Zidane), mas decepções apareceram mais.

Neste ano, não é diferente. O Real trouxe de uma só vez os dois jogadores mais desejados do futebol atual. Kaká e Cristiano Ronaldo farão sem dúvida um ataque fantástico, que melhoraria ainda mais com a chegada do espanhol David Villa, do Valencia, que deve ser anunciado na semana que vem. Mas e a defesa? Não adianta trazer craques para o ataque e contar que os jovens das categorias de base segurarão as pontas lá atrás.

Esse será o grande dilema do time espanhol. Um ataque fantástico, capaz de marcar cinco gols em um jogo. E uma defesa instável, capaz de sofrer até mais gols que o ataque marcou. Dinheiro para contratar o Real Madrid tem. E pode formar um grande time se quiser. Não somente um grande ataque.

Últimas
Além de Kaká, Ronaldo e Villa, o Real Madrid tem vários outros nomes em mente. O lateral brasileiro Maicon, da Inter de Milão, está na mira, assim como o volante espanhol Xabi Alonso, do Liverpool, e o meia espanhol David Silva, do Valencia. E os zagueiros? Só resta esperar. De defensores, a diretoria quer Ashley Cole, do Chelsea, e Arbeloa, do Liverpool. Ambos são laterais...

FOTO: SITE OFICIAL DO MANCHESTER UNITED

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Kaká é do Real Madrid


O Real Madrid acaba de anunciar oficialmente a contratação do meia Kaká, da Seleção Brasileira. Para ter o brasileiro em seu elenco, o clube espanhol pagará 65 milhões de euros, o equivalente a R$ 180 milhões. Esta é a segunda maior transferência da história do futebol, atrás somente da compra de Zidane, que chegou ao mesmo Real Madrid por 70 milhões de euros, em 2001.

"Minha vontade era continuar no Milan, mas a crise mundial afetou muito os clubes, principalmente os clubes que são como o Milan, uma empresa. Então, conversei com a diretoria do Milan e chegamos à conclusão de que o melhor para todo mundo seria a venda", afirmou o brasileiro, em entrevista exclusiva ao Jornal Nacional, da Rede Globo, nesta segunda-feira.

Kaká garantiu que não quer vestir a camisa 5, usada por Zidane. Ele deve escolher seu novo número, que deve ser 8, 10 ou 22, números que usou quando atuou por São Paulo, Seleção Brasileira e Milan, respectivamente.

A imprensa espanhola comemorou o acerto entre Kaká e Real Madrid. O brasileiro foi sondado diversas vezes pelo time espanhol, mas o Milan nunca aceitou a proposta. Confira as informações principais no site do Real: http://www.realmadrid.com

Não é preciso ser adivinho para saber que Kaká dará certo na Espanha. Fascinado por desafios, o brasileiro foi destaque com todas as camisas que vestiu. Foi craque no São Paulo, mesmo com a pouca idade, conquistou seu espaço na Seleção Brasileira e tornou-se o principal jogador do Milan nos últimos anos.

Aos 27 anos, Kaká está no auge da forma física e tem tudo para reabrir espaços aos brasileiros no maior time do futebol mundial. Desde as saídas de Ronaldo, Roberto Carlos e Robinho, o Brasil está queimado no Real. Agora, com Kaká, a situação deve mudar de figura.

A Espanha tem um novo rei. O Brasil ganha um novo mito.

FOTO: DIVULGAÇÃO

domingo, 7 de junho de 2009

Brasil de Dunga é favorito em 2010


A goleada indiscutível do Brasil sobre o Uruguai, por 4 a 0, em Montevidéu, serve para muitas reflexões sobre o futuro da Seleção Brasileira e sobre o futebol que ela apresenta nos principais jogos. Além de quebrar um tabu de 33 anos sem vencer na capital uruguaia, o time canarinho mostrou um bom futebol, como a muito tempo não se via.

A partir da vitória, é possível pensar em alguns pontos cruciais:

1. Copa 2010:
Se a Copa do Mundo fosse hoje, o Brasil seria talvez o principal favorito para a conquista do torneio. Apesar de oscilar muito entre uma partida e outra, a Seleção mostra personalidade sempre que enfrenta um adversário de respeito. Foi assim sempre contra Argentina, Itália e, agora, Uruguai. Os adversários também não colaboram. A Argentina não engrenou com Maradona, enquanto Itália e Alemanha passam por uma entresafra. A França, apesar das últimas vitórias sobre o Brasil, não assusta como antes, assim como Holanda e Inglaterra. Sobra a Espanha.

2. Uma coisa é uma coisa...
Dizer que o time é o favorito não significa que o Brasil vai conquistar. Haja vista 2006... O time de Dunga tem muitos problemas, assim como os das Copas de 98, 2002 e 2006, mas também tem qualidades que os outros não tinha. Tem, por exemplo, uma maior consistência defensiva do que o time da última Copa, até pela característica dos jogadores. Não tem, porém, tantos jogadores capazes de decidir a partida em um lance apenas.

3. Luís Fabiano
Assistir Ronaldo marcar gols pelo Corinthians é animador e dá até esperança em um possível retorno à Seleção. Mas é bom ter respeito com quem hoje é o melhor centroavante do Brasil. O Luís Fabiano é o melhor camisa 9 que o Brasil poderia ter. Estreou na fogueira contra o Uruguai, no Morumbi, e garantiu a vitória por 2 a 1. Sempre que joga, deixa a sua marca. Seus números também impressionam: 10 gols em 13 jogos. É melhor que Adriano, está mais pronto que Alexandre Pato e em melhor forma física do que Ronaldo e Nilmar. Portanto, ele é o cara.

4. Dunga
Se alguém queria ver Dunga longe do banco de reservas em 2010, este sonho acabou de uma vez neste sábado. Desde que assumiu a equipe brasileira, há quase três anos, o Capitão do Tetra colecionou desafetos. Mas não se pode dizer que seu trabalho não é consistente. É o atual líder das Eliminatórias (24 pontos) e foi campeão da Copa América, em 2007, além de conquistar a medalha de bronze na China, em 2008. Foram 39 jogos, com 25 vitórias, 10 empates e 4 derrotas. Aproveitamento de 72,6%, maior do que os de Vanderlei Luxemburgo, Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira. Com Dunga, a Seleção mostra oscilação e passa aperto contra os adversários mais fáceis. Mas o desempenho contra Inglaterra, Portugal, Itália, Argentina e Uruguai mostra que o time brigará por taça na África do Sul.

Brasil na Era Dunga:

Brasil 1 x 1 Noruega
Brasil 3 x 0 Argentina
Brasil 2 x 0 País de Gales
Brasil 4 x 0 Kuwait
Brasil 2 x 1 Equador
Brasil 2 x 1 Suíça
Brasil 0 x 2 Portugal
Brasil 4 x 0 Chile
Brasil 1 x 0 Gana
Inglaterra 1 x 1 Brasil
Brasil 0 x 0 Turquia
Brasil 0 x 2 México
Brasil 3 x 0 Chile
Brasil 1 x 0 Equador
Brasil 6 x 1 Chile
Brasil 2 x 2 Uruguai (pênaltis: 5 x 4)
Brasil 3 x 0 Argentina
Brasil 2 x 0 Argélia
Estados Unidos 2 x 4 Brasil
Brasil 3 x 1 México
Colômbia 0 x 0 Brasil
Brasil 5 x 0 Equador
Peru 1 x 1 Brasil
Brasil 2 x 1 Uruguai
Irlanda 0 x 1 Brasil
Brasil 1 x 0 Suécia
Canadá 2 x 3 Brasil
Brasil 0 x 2 Venezuela
Paraguai 2 x 0 Brasil
Brasil 0 x 0 Argentina
Chile 0 x 3 Brasil
Brasil 0 x 0 Bolívia
Venezuela 0 x 4 Brasil
Brasil 0 x 0 Colômbia
Brasil 6 x 2 Portugal
Itália 0 x 2 Brasil
Equador 1 x 1 Brasil
Brasil 3 x 0 Peru
Uruguai 0 x 4 Brasil

FOTO: CBFNEWS

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Entrevista - Silas

Paulo Silas do Prado Pereira é um daqueles considerados sortudos pelo brasileiro. Realizou o sonho de ser jogador de futebol. E mais: fez sucesso. Em 19 anos de carreira, vestiu as camisas de São Paulo, Internacional, Vasco, Sampdoria-ITA e San Lorenzo-ARG, além de disputar as Copas do Mundo de 86 e 90 pela Seleção Brasileira. Mas não é apenas por isso que o atual técnico do Avaí se destaca. Oriundo de uma família evangélica, Silas seguiu os passos dos pais (que já faleceram) e se tornou um dos Atletas de Cristo. Nunca se envolveu em polêmicas (comuns no mundo do futebol) e sempre colecionou sucessos em sua carreira. Na entrevista abaixo, Silas fala sobre a formação do grupo e seus colaboradores, além de dizer no que o Atletas de Cristo contribuiu para sua formação humana.

Murilo Borges - Silas, quando o projeto "Atletas de Cristo" começou?
Paulo Silas - Na verdade, eu não tive nada a ver com o começo do projeto. Tudo foi iniciado com o João Leite (ex-goleiro do Atlético Mineiro) e com o Baltazar (ex-atacante do Grêmio), lá para o final da década de 70. Mas o grupo se formou mesmo em 1984.

MB - E onde você entra neste processo?
Silas - Entrei em 1985, quando fui para o São Paulo. Estava começando nos profissionais, junto com o Muller (ex-atacante do São Paulo e da Seleção Brasileira). O Alex Dias Ribeiro (ex-piloto) estava em São Paulo e se juntou a nós. A gente se reunia em uma casa perto do Morumbi mesmo, para congregar.

MB - Já sofreu algum tipo de preconceito?
Silas - Não, isso nunca existiu. Bem no começo, era mais difícil, principalmente pelo Brasil ser um país católico. A gente era evangélico, isso não existia muito no futebol. Mas nunca teve preconceito, jamais.

MB - Como era a rotina dos Atletas de Cristo?
Silas - A gente fazia reuniões semanais, normalmente às segundas-feiras, por causa das muitas atividades que cada um tinha. Além disso, sempre realizamos congressos anuais, em cidades diferentes, para unir todos os atletas pelo Brasil.

MB - Quem participava do grupo?
Silas - Ah, eram vários... Por exemplo: no Rio de Janeiro, tinha o Jorginho (lateral campeão do mundo pelo Brasil, em 94, e hoje auxiliar-técnico da própria Seleção); em Porto Alegre, tinha o Taffarel (goleiro campeão do mundo pela Seleção, em 94); em Minas, tinha o João Leite, que organizada tudo. Tinha também o Ivan (ex-lateral-esquerdo do São Paulo) no Recife, o Mauro Madureira (ex-ponta direita do São Paulo) em Curitiba... eram vários, no Brasil inteiro.

MB - Quem comanda as atividades hoje?
Silas - Hoje, quem faz as atividades é o Paulo Sérgio, que jogava no Corinthians e foi da Seleção em 94. Ele organiza os congressos e reúne os ex-jogadores em peladas durante o ano, como uma Seleção Brasileira de Masters. (Na verdade, Paulo Sérgio ocupa o cargo de Diretor Executivo. Jorginho é o presidente, enquanto Silas é o vice). Os congressos são sempre no final do ano, quando acabam os campeonatos.

MB - Em que momento da sua formação a religião te ajudou?
Silas - Ajuda, primeiramente, no padrão de comportamento, na ética. Ajuda o cara a procurar os lugares certos, verdadeiros, basear sua vida sempre na verdade. Como Ministério, os Atletas de Cristo ajudam desde aqueles que estão começando na carreira até os que estão se aposentando. Ajuda contra depressão, que é a doença do século, problemas pessoais, falta de dinheiro, infidelidade...

MB - Por ser técnico do Avaí, você tem menos tempo para participar do grupo. Qual é a sua contribuição, mesmo à distância?
Silas - Ajudo mais como exemplos, sendo neutro. Como técnico de futebol, preciso saber lidar com todas as religiões. Procuro ser equilibrado, saber separar o lado profissional e o lado religioso. Eu sou evangélico desde criança, minha família é evangélica, e isso só tem me ajudado ao longo da minha carreira. Mas não posso convencer ninguém a ser como eu. Cada um faz o seu caminho.

MB - Dentro dos chamados Atletas de Cristo, existem perfis diferentes de jogadores. Alguns gostam de falar de religião, mas se transformam quando entram em campo. Como você avalia este tipo de postura?
Silas - Olha... eu sempre respondo por mim apenas, tanto como jogador quanto como treinador. Errar é humano, todos erram, não importa a religião. Os atletas de futebol são mais visíveis, e por isso todo mundo vê com mais freqüência. E às vezes isso é associado à religião. Isso (errar) é do ser humano, não tem como impedir. Quando se toma uma pancada, o primeiro pensamento é sempre de revidar. Acontece com todo mundo.

MB - Como é o relacionamento entre os Atletas de Cristo?
Silas - O relacionamento é legal. A gente costuma conversar bastante, dar conselhos um ao outro. Antes de ser jogador, precisamos ser de Cristo. Por isso é que o relacionamento é bacana.

MB - Quem atualmente é o principal expoente dos Atletas de Cristo?
Silas - Sem dúvida, é o Kaká (meia do Milan-ITA e da Seleção, campeão do mundo em 2002). Tem outros também, como o Hernanes (meia do São Paulo), o Josiel (atacante do Flamengo), o Ibson (meia do Flamengo) não é, mas ajuda os Atletas de Cristo sempre que pode. Isso é legal: ajudar de coração, entrar no grupo por uma boa causa. O Jorginho, por exemplo, tem uma história muito bacana. O irmão dele era alcoólatra, e hoje é pastor.

MB - Há espaço para as outras religiões além do Evangelho?
Silas - É aberto para todos. A ideia principal é a aproximação com Deus. Existe uma ordem, evidentemente. Cada um tem seus mandamentos, que segue à risca, mas o Deus é o mesmo. Não se discute Igreja Católica ou Igreja Evangélica. Ninguém aponta o dedo pra ninguém, não há descriminação. Lá, é entre a pessoa e Deus. Até porque o objetivo da religião é congregar.

MB - Mas os atletas não-evangélicos participam das reuniões?
Silas - Claro que sim. Vou te falar: muita gente que você nem acredita já participou dos encontros. Romário (atacante campeão do mundo pela Seleção, em 1994) ia direto aos encontros. Outro que aparecia sempre era o Rivaldo (meia campeão do mundo pela Seleção, em 2002). Ele até falava que não ia se converter, que ia apenas para acompanhar. Nunca houve problema. O próprio Ibson ajuda direto o grupo, mas não se envolve tão diretamente. Há espaço para todo mundo.

FOTO: FUTEBOL INTERIOR

Duelo de gigantes


Como esperado, Corinthians e Internacional garantiram nesta quarta-feira suas respectivas classificações para a Copa do Brasil. Ronaldo não foi bem, mas esteve em campo no empate sem gols contra o Vasco. Já o Inter, que não contou com os selecionáveis Kléber e Nilmar, se deu ao luxo de perder para o Coritiba por 1 a 0, mas, por ter ganho o primeiro duelo por 3 a 1, carimbou o passaporte.

Agora, a briga é de cachorro grande. Favoritos desde o sorteio das chaves, Corinthians e Internacional fazem a final mais eletrizante dos últimos anos. De um lado, estará o Fenômeno Ronaldo e seu exército, formado por Chicão, Elias, Douglas e Dentinho. Do outro, o craque D'Alessandro e a promessa Taison, que sonham com o o retorno de Nilmar para retomar o trio irresistível de ataque.

Quem leva? Difícil prever, sendo que as decisões serão somente nos dias 17 de junho e 1º de julho. Acho que o Inter tem um time mais pronto e é mais regular, mas isso não quer dizer nada num confronto mata-mata. Principalmente quando o rival do outro lado do campo é ninguém menos que o Corinthians.

Campanha do Corinthians: 8 jogos, 5 vitórias, 2 empates e 1 derrota (12 gols pró, 6 gols contra)

Campanha do Internacional: 8 jogos, 6 vitórias, 1 empate e 1 derrota (19 gols pró, 4 gols contra)

Todas as finais da Copa do Brasil:

2008 - Sport x Corinthians (Sport campeão)
2007 - Figueirense x Fluminense (Fluminense campeão)
2006 - Flamengo x Vasco (Flamengo campeão)
2005 - Fluminense x Paulista (Paulista campeão)
2004 - Flamengo x Santo André (Santo André campeão)
2003 - Cruzeiro x Flamengo (Cruzeiro campeão)
2002 - Brasiliense x Corinthians (Corinthians campeão)
2001 - Corinthians x Grêmio (Grêmio campeão)
2000 - Cruzeiro x São Paulo (Cruzeiro campeão)
1999 - Botafogo x Juventude (Juventude campeão)
1998 - Palmeiras x Cruzeiro (Palmeiras campeão)
1997 - Flamengo x Grêmio (Grêmio campeão)
1996 - Palmeiras x Cruzeiro (Cruzeiro campeão)
1995 - Grêmio x Corinthians (Corinthians campeão)
1994 - Grêmio x Ceará (Grêmio campeão)
1993 - Cruzeiro x Grêmio (Cruzeiro campeão)
1992 - Internacional x Fluminense (Internacional campeão)
1991 - Grêmio x Criciúma (Criciúma campeão)
1990 - Flamengo x Goiás (Flamengo campeão)
1989 - Grêmio x Sport (Grêmio campeão)

Títulos:
4 - Cruzeiro e Grêmio
2 - Corinthians e Flamengo
1 - Criciúma, Fluminense, Juventude, Internacional, Palmeiras, Paulista, Santo André e Sport

Curiosidades:

- Dos 12 grandes clubes do Brasil, Santos, São Paulo, Atlético-MG, Botafogo e Vasco não conquistaram o título.
- Desde 2003, os times que disputam a Libertadores não jogam a Copa do Brasil

FOTO: DIVULGAÇÃO

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Zebra? Passa longe


As semifinais da Copa do Brasil já estão decididas. A zebra, tão comum neste tipo de torneio desde sua criação, em 1990, desta vez passou longe. Melhor para Internacional e Corinthians, que, donos dos melhores times do torneio, serão contemplados nesta quarta-feira com a vaga na final. Pior para Coritiba e Vasco...

A situação mais tranqüila é a do Inter, que, apesar de jogar em Curitiba nesta quarta, não deve ter dificuldades para sacramentar a vaga na decisão. A vitória por 3 a 1 em Porto Alegre deixou os Colorados com a faca e o queijo na mão. O Coritiba ainda acredita. René Simões tenta motivar o elenco, mas a força do time gaúcho deve ser preponderante no final.

Em São Paulo, o duelo é mais equilibrado. O empate por 1 a 1 entre Vasco e Corinthians, no Maracanã, deixou a decisão para o Pacaembu. Mas, desta vez, o Timão terá um reforço para chegar à segunda final consecutiva de Copa do Brasil: Ronaldo. Poupado nas últimas duas semanas, o Fenômeno já disse estar com fome de gol. A zaga do Vasco não inspira confiança, e deve sucumbir ao ataque corintiano.

Agora, na final, a história será outra. Internacional e Corinthians têm times competitivos. Os gaúchos contam com um ataque mais poderoso, embalado pelo trio D'Alessandro, Taison e Nilmar. Os paulistas possuem sua força na defesa, mas têm Ronaldo na frente para resolver. Os técnicos são estudiosos e estrategistas. Duelo equilibrado, mas, em uma decisão, dou ligeiro favoritismo ao Inter. Mas este é assunto para outro post.

FOTO: VIPCOMM

terça-feira, 2 de junho de 2009

Paciência é uma virtude


Marlos viria para ser reserva do São Paulo. O espaço de organizador pertenceria ao primeiro craque que aceitasse. Juninho Pernambucano foi procurado. Alex, idem. Ronaldinho Gaúcho não passou de um delírio, enquanto Fernandão foi descartado no primeiro telefonema ao Catar. Sobrou, então, para o menino recém-saído das categorias de base do Coritiba.

Em seu primeiro jogo pelo São Paulo, Marlos arrebentou. Mesmo com um número reserva às costas (16), jogou futebol de titular. Mostrou habilidade nos passes, técnica na condução de bola, velocidade pelas laterais e, principalmente, a capacidade de organizar o jogo, algo que falta ao time robótico do São Paulo.

Dito isso, uma ressalva: muita calma, torcedor são-paulino. Não entre na onda da imprensa. Basta uma partida acima da média para transformar o cabeça-de-bagre em Pelé. O contrário também é verdadeiro: basta uma furada para fadá-lo ao fracasso.

Marlos é jovem (20 anos) e ainda tem muito a aprender. Não pode ser taxado logo de salvador da pátria. Tem que ser titular, mas precisa, antes de mais nada, ser preservado pela comissão técnica. Sorte do São Paulo é que Muricy Ramalho é quem comanda o time hoje.

O menino mostrou que pode muito bem se encaixar na equipe da maneira que ela precisar. Pode jogar aberto pelos lados, criando boas jogadas nas laterais. Pode também ser organizador e buscar o jogo no meio-campo. Como disse Muricy ao final da vitória sobre o Cruzeiro, por 3 a 0: "Ele não é nem um 8, nem um 10, muito menos um 9. Ele é 8,5".

Na seca em que estava o meio-campo do São Paulo, nada melhor do que um 8,5 para resolver o problema. Mas lembre-se, torcedor: antes de vaiá-lo, lembre que ele tem só 20 anos. Não era para ser ele o craque da vez.

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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ele é o cara?


Começo este texto dizendo que a pergunta acima é uma das mais difíceis de serem respondidas na atualidade. A cada título ganho, Muricy é exaltado como o melhor e cotado para assumir a Seleção Brasileira. A cada fracasso, taxado de burro e adepto de um futebol feio, burocrático, que só busca o resultado. Na verdade, ele (assim como todos os outros) não é nada disso, mas tem um pouco dos dois.

Muricy tem muitos pontos positivos. Persistente, se preparou para ser o que é hoje. Para estar onde está hoje. Foi auxiliar de Telê Santana e Carlos Alberto Parreira. Treinou o Expressinho do São Paulo, mas roeu o osso no Guarani, Botafogo (SP) e Náutico antes de chegar ao Internacional.

É estudioso. Fissurado em futebol, assiste a todos os jogos e sabe quase tudo que seu adversário pode fazer em campo. Seus times não mostram futebol brilhante, mas são sempre eficientes. Muricy conquista um título por ano desde 2001. Foi campeão tanto por Náutico e São Caetano como por Internacional e São Paulo. Ele sabe trabalhar. Isto não se questiona. Só olhar o desempenho de seus times quando ele tem uma semana inteira para trabalhar as partes física e tática. O São Paulo de 2008 é um exemplo. Quando jogou uma vez por semana, atropelou todo mundo e foi tricampeão brasileiro.

Mas também é fato que Muricy Ramalho tem defeitos. E muitos. Apesar de ter sido auxiliar de Telê, seu estilo de montar times não lembra em nada aquele que era chamado de Mestre. Quer vencer em primeiro lugar, e não dar espetáculo. Valoriza demais a pegada de seus jogadores. Se o cara é versátil, então, nem se fala: tem vaga quase cativa no time.

É rabugento e muitas vezes grosso, sobretudo com os jornalistas, que têm de aguentar suas respostas mais secas. Teimoso, não costuma mexer na equipe se confia nos jogadores. Espera até o último segundo para dar o braço a torcer. E, quando o faz, normalmente já é tarde. Seus times normalmente são mais engessados. Baseiam seus jogos em uma característica só (no São Paulo, é a bola parada) e não empolgam o torcedor, a não ser pela garra nos jogos decisivos.

Digo tudo isso para dizer que, diante do atual mercado e das circunstâncias que o futebol brasileiro vive hoje, sou favorável à permanência de Muricy Ramalho no São Paulo. Não o seria, por exemplo, se Paulo Autuori ou Abel Braga estivessem disponíveis no mercado. São treinadores pelos quais me identifico mais. Formam equipes com futebol mais solto, envolvente. E ganham títulos, como Muricy.

Mas, se não fossem estes, quem assumiria o São Paulo? Sou contra a chegada de Vanderlei Luxemburgo (custo-benefício baixíssimo) e Emerson Leão (dá certo só por alguns meses). Felipão é um sonho improvável. Tite e Mano estão no mesmo nível de Muricy. Parreira não daria certo, assim como Celso Roth. Adilson Batista, Vágner Mancini, Ney Franco e Cuca não são tão confiáveis ainda. Dorival Júnior é um nome para o futuro. Nem me fale em Dunga...

Mas, em comparação a todos estes, Muricy Ramalho tem diversas vantagens. Ele é torcedor do clube e sempre está à disposição, para assistir jogos e melhorar a infre-estrutura do time. É um treinador full-time, que vive o dia-a-dia do clube e sempre estará lá quando a chapa esquentar.

O contraponto é que ele ainda precisa melhorar muito. Precisa mostrar que não é treinador de pontos corridos e que pode vencer um torneio mata-mata, de tiro curto. Precisa fazer um primeiro semestre consistente. Precisa mexer mais no time, e não esperar tanto, principalmente durante os jogos. Precisa mostrar que pode montar um time que não oscile tanto durante a temporada.

Muricy tem tudo para ser um dos maiores da história e chegar até à Seleção Brasileira: potencial, inteligência, preparo, cacoete. Mas falta muita coisa para corrigir. Espero que aconteça a tempo.

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