quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Curtinhas do G4
São Paulo: A diretoria confirmou nesta quarta a renovação com o atacante Washington. Após marcar 32 gols, o artilheiro ficará mais um ano no Morumbi. Além disso, o São Paulo tenta fechar com os zagueiros Breno, André Luís e Xandão, os meias Carlinhos Paraíba, Léo Lima, Danilo e Marcelinho Paraíba e os atacantes Fernandinho e Fernandão.
Opinião - A permanência de Washington é válida, ainda mais quando ele vive seu melhor momento no clube desde que chegou. A saída de Borges também ajudará. Já em reforços... é muito canhoto para um time só. E André Luís e Léo Lima podem complicar o ambiente, como fizeram Carlos Alberto, Fábio Santos e Adriano em 2008.
Corinthians: Andrés Sanchez garantiu que o time continua sem jogar no Morumbi e confirmou que Roberto Carlos será o grande reforço para 2010. De novo, apenas o acerto com o Ralf, do Barueri, e também a tentativa de fechar com Danilo, Breno e Henrique.
Opinião - O Corinthians tem o Pacaembu, então, neste momento, ainda não sente falta do Morumbi. Mas a Libertadores vem aí e os planos podem mudar. Sobre reforços, Ralf é um bom volante, mas para compor elenco. Danilo é o meia que Mano Menezes quer, enquanto Breno ou Henrique cairiam bem ao lado de Chicão.
Santos: A nova diretoria quer o goleiro Magrão, do Sport, além de sonhar com Borges, do São Paulo, Keirrison, do Benfica, e outros. A chegada de Dorival Júnior é apenas questão de tempo.
Opinião - Dorival é o cara certo para o Santos e pode levar o time de volta às glórias. Mas precisa de um time competitivo e não tão cheio de garotos que acabaram de sair da base. Magrão é bom goleiro, ainda mais se significar a saída de Fábio Costa. Borges seria o substituto ideal de Kléber Pereira. Keirrison é um sonho distante.
Palmeiras: A grande dúvida no Palestra Itália é a continuação de Muricy Ramalho. A diretoria já disse que 2010 será mais pobre financeiramente, o que pode garantir as saídas de Diego Souza, Cleiton Xavier e Vágner Love. Este pode ir para o Flamengo.
Opinião - Pense rápido: quem o Palmeiras tem para o lugar do Muricy? Se a resposta for "ninguém", pronto, ele deve ficar em 2010. Se arranjar outro tão competente, acho que pode trocar o comando. E, pra mim, Vágner Love já poderia ir embora. Não tem mais clima com a torcida.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Decepção chamada Belluzzo
Professor de Economia, que ministrou aulas na Unicamp, uma das principais do Brasil. Um dos fundadores da Facamp, criada com o propósito de fazer concorrências às principais faculdades da região de Campinas. Cotado para ser Ministro no Governo Lula. Foi assim que 2009 começou para Luiz Gonzaga Belluzzo, que largou muita coisa para assumir a presidência do Palmeiras, em janeiro.
Faltando poucos dias para acabar o ano, o prestígio do economista parece cada vez mais abalado. Apontado por muitos como um dos dirigentes mais sensatos do novo futebol brasileiro, Belluzzo deixou de ser um modelo para ser alvo de críticas. Sua paixão pelo Palmeiras o fez assumir atitudes inesperadas, principalmente após a queda de rendimento do seu time em campo.
Belluzzo demitiu Vanderlei Luxemburgo no meio do trabalho, coisa que não era de seu feitil, e gastou muito mais dinheiro do que o Palmeiras poderia (uma reportagem da revista Placar indica que o orçamento alviverde estourou em R$ 10 milhões). Trouxe Obina e Vágner Love, dois erros revelados ao longo do ano.
Xingou Carlos Eugênio Simon após o gaúcho errar na derrota palmeirense para o Fluminense. Por último, brincou com o apelido bambi da torcida do São Paulo em uma festa da torcida do Palmeiras. Pediu desculpas, mas ficou feio para quem poderia mudar o futebol brasileiro com pequenas atitudes.
Que decepção!
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Afinal: tá ou não tá?
Acabou a festa.
O STJD revogou o pedido do São Paulo e, portanto, Jean, Dagoberto e Borges seguem vetados para a partida contra o Botafogo, neste domingo, no Rio de Janeiro.
O curioso é como um erro pode triplicar. Além de punir (da mesma forma) os diferentes lances do trio são-paulino, o STJD anunciou a liberação dos três e, minutos depois, voltou atrás em sua decisão.
É por isso que, no futebol atual, ter um advogado muito competente se equivale a contratar um camisa 9 goleador ou um camisa 10 habilidoso...
Força dos bastidores
Pode comemorar, Rogério Ceni!
http://oglobo.globo.com/esportes/brasileiro2009/mat/2009/11/19/sao-paulo-consegue-efeito-suspensivo-jogadores-punidos-pelo-stjd-podem-enfrentar-botafogo-914839631.asp
O São Paulo acabou de obter um efeito suspensivo para o volante Jean e os atacantes Dagoberto e Borges. Isso significa que, apesar de terem sido suspensos por três partidas, o trio está liberado para enfrentar o Botafogo, neste domingo, no Rio de Janeiro, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Achei que as suspensões de Dagoberto e, principalmente, Jean foram abusivas, mas concordei com o gancho de Borges. A única coisa que não concordo além disso é: por que punir com três jogos e depois soltar o efeito suspensivo? Falta critério.
Como perder o título em dez jogos
Como destruir uma chance de título que parecia tão certo na galeria do Palmeiras? O Verdão conseguiu isso. Mesmo estando cinco pontos a frente do São Paulo e outros 12 do Flamengo, o time sucumbiu à pressão de ser líder e não soube segurar o posto. A derrota por 2 x 0 para o Grêmio, todavia, expõe uma nova fraqueza: o destempero.
E, aos que rotulam Obina e Maurício como únicos culpados, é bom voltar no tempo. Durante a derrota para o Flamengo (2 x 0, em São Paulo), o goleiro Marcos atirou contra os companheiros, por erros de marcação e posicionamento. Desde então, virou rotina entrevistar o camisa 12, maior ídolo do clube, para colher declarações que estamparão as páginas de jornais no dia seguinte.
Continuando. Há uma semana, o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo deu uma insana entrevista, dizendo que, caso encontrasse Carlos Eugênio Simon na rua, daria umas porradas no árbitro gaúcho. Descontrolado, Belluzzo pegou nove (exagerados) meses de suspensão no STJD.
Depois do presidente, vem (em menor escala) o técnico, ao dizer que não sente a pressão e sempre trabalha melhor em situações assim. É verdade: no São Paulo, Muricy engrenou após as crises, mas lá e cá são lugares diferentes. O elenco são-paulino não dava pintas de que estava rachado, como aparenta estar este palmeirense.
A briga entre Maurício e Obina é apenas o apogeu de um problema que já havia começado há muito tempo. Soma-se a ele a chegada de Vágner Love a preço de ouro, as frustrações vividas por Diego Souza com a camisa da Seleção Brasileira, as contusões de Pierre e Cleiton Xavier, o rombo financeiro na qual o Palmeiras se meteu (deve R$ 10 milhões para a Traffic, sua "parceira"), os tropeços para Avaí, Náutico, Coritiba, Sport...
É assim que se destrói um campeão brasileiro. Ressalto que a culpa, em menos escala, é de Muricy Ramalho, que talvez tenha se precipitado em assumir o Palmeiras um mês após deixar o São Paulo. Os jogadores, que não corresponderam ao incondicional apoio da torcida, e a diretoria, que age mais emocionalmente do que racionalmente, são os quem devem responder.
FOTO: GAZETA PRESS
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Onde Anda: Júnior Baiano, ex-zagueiro de São Paulo, Flamengo, Palmeiras e Vasco
A carreira do polêmico zagueiro começou em 1989, com a camisa do Flamengo. Aproveitando-se de seu 1,95 m, ganhou destaque por marcar gols tanto de cabeça quanto em bolas paradas. No entanto, Júnior Baiano também era visto como bad boy. A fama o atrapalhou no começo da carreira.
Ele só começou a mudar esta postura em 1994, quando foi emprestado para o São Paulo. Sob comando de Telê Santana, virou titular no Morumbi e conseguiu uma transferência para o futebol alemão, onde defendeu o Werder Bremen. Voltou ao Brasil em meados de 96, para vestir pela segunda vez a camisa do Flamengo.
Seleção e a decepção em 98!
Sua volta fez com que Zagallo olhasse atentamente seu futebol. A grande fase pelo Flamengo, ao lado de Romário, fez Júnior Baiano ganhar uma chance como titular da Seleção Brasileira. Ganhou a posição de companheiro de Aldair no segundo semestre de 1997. Em sua primeira competição com a camisa amarela, foi campeão da Copa das Confederações.
Mas o que tinha para ser uma passagem histórica pelo Brasil virou decepção. Com a camisa 3, foi um dos principais fiascos da Seleção na Copa da França, em 98. Ficou marcado por fazer um pênalti em Tore Andre Flo, na derrota por 2 x 1 para a Noruega. A decepção foi tão grande que, após 25 partidas e dois gols marcados, o zagueiro nunca mais defendeu a camisa amarela.
O recomeço em São Paulo!
Júnior Baiano deixou o futebol carioca em 98 para mudar-se para São Paulo, comprado pela Parmalat e repassado ao Palmeiras. No Palestra Itália, conquistou a Libertadores de 99, sendo o artilheiro do time na competição, com cinco gols. No mesmo ano, foi vice-campeão mundial em 99, após a derrota para o Manchester.
Com a saída da Parmalat, deixou o Palmeiras e voltou ao Rio de Janeiro, para jogar no Vasco. Foi vice-campeão mundial em 2000, após derrota para o Corinthians, mas ganhou a Copa Mercosul e o Campeonato Brasileiro, ao lado de estrelas como Hélton, Juninho Paulista, Euller, Juninho Pernambucano e Romário.
A queda!
A passagem pelo Vasco foi o último grande suspiro da carreira de Júnior Baiano. Quando completou 30 anos, passou a perambular por vários clubes. Teve duas passagens pela China, pelo Shanghai Shenhua, além de defender as camisas de Internacional, por poucos meses, e Flamengo.
Júnior Baiano também defendeu as camisas de América-RJ, Brasiliense e Volta Redonda, além de uma curta passagem pelo Macapá. Desde janeiro deste ano, defende o Miami FC, na USL First Division, uma espécie de segunda divisão do futebol estadunidense.
Atualmente Junior Baiano, quando está no Rio de Janeiro, reúne com amigos na praia do Recreio e participa de jogos amadores. No final d mês, por exemplo, esteve no interior mineiro em um jogo festivo.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Os méritos do Guarani
O sábado pode marcar finalmente a volta do Guarani à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Parece pouco para quem foi campeão em 78 e vice oito anos depois. Mas, da ótica do torcedor que sofreu com o time na Série A2 do Campeonato Paulista e na Série C do Brasileiro, o resultado é quase como um milagre.
Mas é preciso entender quais os méritos do Guarani na campanha da Série B. Afinal, nenhum outro time (nem mesmo o Corinthians) ficou as 38 rodadas no G4 como o próprio time alviverde dá pintas que conseguirá. O curioso é ver o sucesso no segundo semestre após o fracasso e mais um rebaixamento na primeira metade do ano.
O acesso começou quando a diretoria do Guarani anunciou a chegada de Vadão. Experiente, o treinador já estava apalavrado desde meados do Paulistão, mas preferiu não assumir o time para evitar um desgaste com a torcida. Após o rebaixamento, começou o seu trabalho e montou o time que ninguém esperava. Graças, também, à omissão do presidente Leonel Martins de Oliveira, que passou a batuta ao treinador e comprou suas idéias integralmente.
Ao contrário da rival Ponte Preta, que contratou a rodo e sem muito critério, o Guarani foi atrás de entrosamento. Tirou Caíque, Nei Paraíba e Luciano Santos do Oeste. Contratou Bruno Aguiar, Dão e Rodriguinho do Mirassol. Trouxe Cléber Goiano e Eduardo, companheiros de Paulista. E fechou também com Walter Minhoca e Fabinho, do Botafogo. Único, apenas Ricardo Xavier, que vestira a camisa do Ituano. Ou seja: a estrutura do time já estava montada.
Foi com este entrosamento que o Guarani deslanchou. Nos primeiros oito jogos, venceu sete e empatou um. A primeira derrota veio apenas na 12ª rodada. O time caiu de produção no meio da competição, mas se ergueu baseado no trabalho de Vadão. Durante o torneio, ainda trouxe reforços. Harison veio para o lugar de Minhoca, Bruno Cazarine e Neto Potiguar chegaram para fazer sombra a Xavier e Léo Mineiro assumiu a vaga que era de Rodriguinho.
O acesso não veio contra o Ceará, no sábado passado, por milagre. O time esteve duas vezes na frente, mas sofreu o empate. Agora contra o Bahia, nem precisa vencer para subir. Um ponto em duas rodadas é o bastante. Parabéns ao Guarani. E a Vadão, que foi injustiçado em suas passagens por Corinthians e São Paulo e parece reerguer a carreira iniciada em meados da década de 90.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Hora de apontar os erros!
O São Paulo tinha condições de ganhar tudo em 2009. Contratou bem, não vendeu nenhum titular e manteve o técnico tricampeão nacional. Mas deu tudo errado. Não ganhou (ganhará) nada neste ano. Será a primeira temporada sem troféus desde 2004. Hora de corrigir os erros, certo? Mas como corrigir se a diretoria parece não ter aprendido.
Pelas especulações que surgem nos bastidores do Morumbi, o São Paulo está perto de cometer mais erros para 2010. Pelo visto, já assinou contrato com Carlinhos Paraíba, Fernandinho e Marcelinho Paraíba. É muito canhoto junto! Ainda mais se juntarmos a Júnior César, Richarlyson, Jorge Wagner e Marlos. Só Hugo, com proposta do Grêmio, deve sair.
Washington e Borges também não terão seus contratos renovados, a não ser que haja uma reformulação drástica no planejamento. Mas quem assumirá a camisa 9? Falam em Alecsandro, Ricardo Oliveira e Rafael Sóbis. Se vierem, precisa ser só um. Contratar duas estrelas e ainda manter Dagoberto é aumentar a disputa dentro do elenco, um dos motivos dos fracassos de 2009. "Picuinhas" atrapalharam o Tricolor no ano.
Rodrigo também deve sair, assim como Bosco. No gol, o São Paulo conta com Denis, mas quem será o zagueiro. Você, são-paulino, sente confiança em Renato Silva? E em Aislan? Pois é, nem Ricardo Gomes. Montar a defesa só com André Dias e Miranda é suicídio. Uma boa opção é Breno, de saída do Bayern de Munique.
Camisa 10
Sentiu falta de alguma coisa, né? Juvenal Juvêncio prometeu um camisa 10 de respeito para o ano que vem. Fala-se em Danilo (outro canhoto), Juninho Pernambucano, Rivaldo (canhoto), Alex e Conca (chega de canhoto!!!). São bons nomes, mas a competitividade ficará lá no alto. Problemas de relacionamento serão freqüentes.
Mas, como não sou eu que contrata...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Brasileirão vai ter campeão?
Estava errado. Ao contrário do último post, publicado há duas semanas (faz tempo...), nenhum time tem pinta de campeão brasileiro em 2009. Ainda. Palmeiras, São Paulo, Atlético-MG, Internacional e até o Flamengo podem acabar conquistando o torneio, mas terão de melhorar muito ainda.
O Palmeiras peca quando mais se espera dele. Os jovens demonstram falta de maturidade, enquanto Diego Souza e Vágner Love, desequilíbrio. Não é a toa que Muricy Ramalho voltou a distribuir patadas e Marcos soltou os cachorros para cima de Wendel e Robert, após a derrota para o Flamengo.
O Atlético-MG ganhou força no segundo turno. A diretoria buscou o goleiro Carini, o volante Corrêa e o meia Ricardinho, além de manter Diego Tardelli. O time tem banco, o que pode fazer a diferença na reta final. Aliás: elogio especial para Ricardinho, que acabou com o São Paulo. Ele é um meia em extinção.
O São Paulo cai a cada rodada. Tropeçou contra Santo André e Coritiba, empatou com Palmeiras e Corinthians, perdeu para Flamengo e Atlético-MG. Conquistou apenas um dos últimos nove pontos. Os destaques murcharam e a empolgação foi pelo ralo. Parece que o Jason faleceu de vez em 2009.
O Inter foi forçado a demitir Tite, depois de tanta pressão de imprensa e torcida, e foi atrás de Mário Sérgio. Seu último grande clube foi o Botafogo, em 2007. Mesmo assim, por três jogos. Com ele no banco e sem Nilmar, vendido, o Colorado terá que se contentar com a Libertadores. Os tropeços, porém, preocupam.
Por fim: o Flamengo é quem tem jogado melhor. Venceu sete dos últimos nove pontos. Atropelou o Palmeiras e acabou com a boa fase do São Paulo. Petkovic tem feito a diferença, assim como Adriano. Mas... não tem elenco para vencer o Campeonato Brasileiro.
Aí, fica difícil...
FOTO: VIPCOMM
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Pinta de campeão!
2006. São Paulo 2 x 0 Goiás.
2007. São Paulo 2 x 1 Santos.
2008. São Paulo 3 x 0 Internacional.
Estas foram as partidas em que o São Paulo, então comandado por Muricy Ramalho, deu pinta de que seria campeão brasileiro, como realmente foi. É difícil escolher um jogo em particular, mas, caso o Palmeiras venha a se sagrar pentacampeão nacional, a vitória por 3 a 1 sobre o Santos, no último domingo, na Vila Belmiro, será o marco para a maioria dos palmeirenses.
O time jogou a la Muricy. E o que isso significa? Começou mais resguardado na defesa, sem chances de gol. Tomou um (pequeno) sufoco do Santos, o bastante para sofrer o gol de Luizinho. Mas, com confiança, partiu para o ataque e conseguiu a virada improvável para alguns, em especial para os rivais São Paulo, Goiás e Internacional, que tentavam secar o Verdão.
Diego Souza foi o nome da partida, com um golaço de cabeça. Figueroa também jogou muito e abusou dos cruzamentos precisos. Cleiton Xavier foi sumido, mas participou da jogada do terceiro gol. E Vágner Love, como todo centroavante, apareceu apenas na hora de finalizar para o gol vazio e matar o Santos. Azar de Luxemburgo, que aliás não lembra em nada aquele treinador campeão brasileiro por Cruzeiro e Santos, entre 2003 e 2004.
O reinado agora é de Muricy Ramalho. Vice-campeão em 2005. Tricampeão em 2006, 2007 e 2008. E cada vez mais perto do tetracampeonato particular, em 2009.
FOTO: GLOBOESPORTE.COM
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
O retrógrado futebol brasileiro
Primeiro, a informação: a Rede Globo de Televisão pretende pôr fim aos pontos corridos no Campeonato Brasileiro. Com problemas de audiência e a falta de jogo no meio de semana, a "Plim-Plim" sonha com a volta dos torneios mata-mata, o que alavancaria a audiência da emissora, na visão de seus administradores mais antigos. Leia mais no Blog do Paulo Calçade.
A proposta é a seguinte: os quatro melhores colocados disputariam semifinais e finais a partir de novembro, para decidir quem será campeão brasileiro. Os dois primeiros colocados do turno garantem duas vagas na Libertadores. As outras duas vagas seriam do campeão e do vice-campeão brasileiro. Caso os times se repitam, os próximos colocados herdariam o posto.
Se isso realmente acontecer, será um retrocesso inimaginável para o futebol brasileiro. Depois de ceder às pressões e adotar um sistema única de disputa, o futebol brasileiro pode voltar aos tempos em que cada campeonato tinha um formato. Isso, do ponto de vista da credibilidade, destrói o avanço do futebol nacional.
Os times passam a não depender de sua organização, e sim de uma pitada de sorte. Os clubes também não tem a garantia de jogar durante a temporada inteira, e podem ser forçados a encerrar suas atividades dois ou três meses antes do fim do Brasileiro. Além disso, o público - que já se acostumou com a fórmula - corre risco de diminuir sua presença nos estádios. Fora a questão da justiça: o campeão é sempre o melhor time quando o campeonato é por pontos corridos.
Ao invés de pensar numa inversão de calendário ou adequação ao futebol europeu, a CBF e a Globo planejam mudar a cara do Campeonato Brasileiro, justamente agora que o torcedor acostumou-se com o torneio.
Se isso acontecer, seria uma pena.
domingo, 20 de setembro de 2009
Ah, o se...
Ah, o se...
Certa vez, em 2002, Ricardinho tentou conter o favoritismo do São Paulo no Campeonato Brasileiro. "O se não existe no futebol. Se minha avó fosse homem, eu teria dois avôs", disse o camisa 10.
O São Paulo não foi campeão. Perdeu para o Santos. Sem o se.
Pois bem.
Sete anos depois, novamente o se volta a fazer parte das discussões do futebol.
SE o São Paulo tivesse ganho do Santo André, seria o líder isolado do Brasileirão.
SE o Inter não tivesse perdido para o Vitória, teria no mínimo mantido a vice-liderança.
SE o Corinthians não tivesse tomado 4 a 1 em casa, encostaria no G4 e entraria na briga pela taça.
SE o Grêmio tivesse vencido cinco míseros pontinhos fora de casa, brigaria pela liderança.
SE o Fluminense... não, espera um pouco. Esse, nem o se salva!
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Ronaldo e Romário: a eterna dúvida sobre quem foi o melhor
Comparações são sempre injustas com aqueles que fazem parte dela. Pelé ou Maradona? Ayrton Senna ou Michael Schumacher? Michael Jordan ou Kobe Bryant? Hortência ou Paula? André Agassi ou Pete Sampras? A definição de quem é melhor é bastante pessoal e cada analista tem seus critérios para decidir.
A comparação entre Romário e Ronaldo abrange tudo isso. Os dois são certamente os maiores craques que o Brasil produziu nos últimos anos. São goleadores. Jogaram na Europa. Voltaram ao Brasil. Foram protragonistas em títulos mundiais pela Seleção Brasileira. E também companheiros.
Tentarei aqui mostrar uma análise detalhada sobre a carreira dos dois, apesar de Ronaldo ainda estar em atividade. A análise será fria e no fim (apenas no final) mostrarei minha opinião sobre o assunto.
1. Seleção Brasileira
Romário defendeu a camisa da Seleção por 14 anos, entre 1987 e 2001 (sua despedida oficial foi em 2005, mas apenas uma partida). Foram 85 partidas e 71 gols marcados, o que lhe garante o posto de segundo maior artilheiro do Brasil, atrás apenas de Pelé. Conquistou a Copa do Mundo de 94, duas Copas América (89 e 97) e a Copa das Confederações de 97.
Vídeo 1: Maiores dribles da carreira de Ronaldo
Ronaldo foi jogador da Seleção por 12 anos, entre 1994 e 2006. Foram 97 partidas e 62 gols marcados, sendo assim o quarto maior artilheiro da história da Seleção, atrás também de Zico. Venceu duas Copas do Mundo (94 e 2002), duas Copas América (97 e 99) e uma Copa das Confederações (97), além da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 96, em Atlanta.
Os dois foram brilhantes na Seleção, mas Ronaldo leva vantagem, apesar de ter marcado menos gols. Romário sempre deixará a imagem - para mim - de que poderia ter sido maior com a camisa do Brasil. Foi cortado da Copa de 98 e sacado por Felipão do grupo de 2002. Seu mau relacionamento com Vanderlei Luxemburgo o tirou também da conquista da Copa América de 99.
A exceção de 2006, Ronaldo quase sempre foi o grande nome da Seleção desde que virou titular. Foi protagonista tanto em 98, quanto em 2002. No Mundial da Alemanha, se apresentou fora de forma, mas foi um dos mais lúcidos do time nos últimos jogos. Por causa dos problemas no joelho, não jogou na Seleção entre 2000 e 2001, o que poderia ter aumentado sua marca na equipe.
2. Europa
Os dois jogaram nos mesmos clubes, mas o futebol europeu nunca cativou Romário como encantou Ronaldo. O Baixinho defendeu PSV (HOL), Barcelona (ESP) e Valencia (ESP). Só não fez chover pelas três equipes e sempre foi artilheiro por onde passou. Marcou gols antológicos, como no chapéu em cima de Maldini e nas entortadas na zaga do Real Madrid, nos tempos de Barcelona. Mas nunca pareceu se envolver com o futebol estrangeiro.
Vídeo 2: Ronaldo, o Fenômeno
Vídeo 3: Romário, o Rei do Gol
A trajetória de Ronaldo foi diferente. O Fenômeno também iniciou sua trajetória com as camisas de PSV e Barcelona, mas também defendeu equipes como Inter de Milão (ITA), Real Madrid (ESP) e Milan (ITA). Ganhou títulos por onde passou, apesar de nunca ter vencido a Liga dos Campeões (Romário também não a ganhou).
O que pesa contra Ronaldo é o fato de ter defendido rivais tanto na Itália quanto na Espanha. As torcidas de Inter e Milan não sabem direito o que pensar sobre o camisa 9, assim como os fanáticos de Barça e Real. Fez história em todos os clubes, mas poderia ter deixado uma imagem melhor.
Já Romário é adorado por todos os torcedores do Barcelona, que sempre o colocam como um dos maiores jogadores que já vestiu a camisa barcelonista. No PSV, o Baixinho é lembrado também pelas baladas, mas muito por causa dos jogos que decidiu. No Valencia, ficou pouco tempo, mas também goza de muito prestígio.
Vídeo 4: Os 11 maiores gols de Romário
A vantagem de Ronaldo no futebol europeu é pela longevidade no Velho Continente. O Fenômeno viveu seu auge (apesar da contusão) na Europa, enquanto Romário preferiu viver no Brasil enquanto era o Melhor Jogador do Mundo.
3. Brasil
Aqui, Romário ainda é imbatível. Jogou por Vasco (clube que o revelou), Flamengo e Fluminense. Agora, vai vestir a camisa do América-RJ durante a segunda divisão do Campeonato Carioca. Sua popularidade no Rio de Janeiro é imensa. Tanto que o Baixinho é um dos maiores artilheiros do Flamengo, além de ídolo incontestável do Vasco. Dos grandes, só não defendeu o Botafogo.
Vídeo 5: Romário no Barcelona
Vídeo 6: Ronaldo no Real Madrid
Romário também teve oportunidades para jogar em outros centros. Quase foi para o Palmeiras em 2002. O Corinthians tentou contratá-lo em 2005, assim como o Santos. Mesmo não tendo jogado em nenhuma outra cidade brasileira fora o Rio, Romário é respeitado por todas as torcidas.
Este tipo de respeito é o que fez Ronaldo voltar ao futebol brasileiro. Revelado pelo Cruzeiro, o Fenômeno ensaiou uma volta ao Flamengo, mas acertou com o Corinthians. Hoje é o maior ídolo do Timão, muito por causa dos títulos paulista e da Copa do Brasil. É respeitado, mas ainda precisa comer muito feijão para chegar à idolatria de Romário.
4. Juntos
Foi sem dúvida a melhor dupla de ataque que já vi jogar, tanto com a camisa da Seleção Brasileira quanto com a de clubes. Romário e Ronaldo jogaram juntos por um pequeno período, entre o início de 97 até a Copa do Mundo de 98. O Baixinho se machucou às vésperas do torneio e o Brasil ficou desfalcado.
Vídeo 7: Os melhores momentos da dupla!
Com o camisa 9 e o camisa 11 em campo, o Brasil disputou dois torneios. Foi campeão nos dois: Copa América 97 e Copa das Confederações 97. Ambos fizeram um ataque completo, que alterna uma técnica apuradíssima e um faro de gol incrível.
Ronaldo era quem se movimentava mais, enquanto Romário ficava mais parado. Os dois tinham tudo para sacramentar a dupla com a conquista do Mundial de 98, mas uma contusão impediu o Baixinho de disputar a Copa.
A última partida dos dois juntos foi em 99, num amistoso entre Brasil e Barcelona, que terminou empatado em 2 a 2. Ronaldo marcou um dos gols, após passe de Romário. O entrosamento era o mesmo, após um ano sem jogarem juntos. Craques são diferenciados.
5. Análise
Brevemente, preferiria ter Ronaldo em meu time. É goleador, craque e se contunde menos que Romário (se contundia, pelo menos). Romário é brilhante, mas decidiu se reclusar no Rio de Janeiro, o que, em minha visão, prejudicou o crescimento de sua carreira. Dizem ter sido o maior centroavante que o mundo já viu, mas poderia ter sido ainda maior caso não insistisse em jogar até os 41 anos ou administrasse melhor sua carreira.
Na minha lembrança, Ronaldo será sempre o maior artilheiro que vi em campo.
sábado, 12 de setembro de 2009
Confiança é tudo
Após anos brilhantes no Atlético-PR, Dagoberto se machucou em 2004 e perdeu toda a confiança de jogar na Arena da Baixada. Três anos depois, fez bico e conseguiu uma transferência milionária para o São Paulo. No Morumbi, encontrou Muricy Ramalho e um time aparentemente montado, além da expectativa - exagerada - de ser o craque do time.
Passou 2007. Passou 2008. E o início de 2009. E parecia que Dagoberto ainda não havia estreado pelo Tricolor. Brilharecos seguidos de partidas bastante ruins. O banco de reservas virou comum. Qual seria a explicação? Mas as coisas, como dito há posts atrás, mudam.
Muricy saiu e veio Ricardo Gomes, treinador que conhecia Dagoberto desde a Seleção sub-23, em 2004. E, sabendo da qualidade do comandado, o colocou para jogar. Como titular absoluto. Não perderia espaço e teria a sonhada seqüência de jogos. Foi o começo da explosão.
Dagoberto virou um outro jogador desde o dia 22 de junho, quando Ricardo Gomes apareceu pela primeira vez no Centro de Treinamento do São Paulo. Virou goleador. Assistente. O craque que o time precisava, ainda mais na ausência de Rogério Ceni. O atacante ganhou a confiança necessária que faltava para explodir de vez no Morumbi.
Coisa que, nos tempos de Muricy Ramalho, nunca teve. A confiança.
Ah, como faz a diferença no futebol...
FOTO: VIPCOMM
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Os 23 de Dunga
Um dos méritos de Dunga é definir com praticamente nove meses de antecedência a maioria dos convocados para a Copa de 2010. Agravantes inesperados, como contusões, podem fazer com que a lista mude, mas a base é esta. Em uma prévia análise, faltam: o terceiro goleiro, um lateral-esquerdo, dois volantes, um meia e dois atacantes.
Goleiro
Júlio César é o titular com todos os méritos. É o melhor goleiro do mundo na atualidade, sem dúvida. O seu reserva é Victor, goleiro de boas atuações e que ganhou Dunga. O problema é quem será o terceiro. O favorito parece ser Gomes, mas Renan (Valencia-ESP), Doni (Roma-ITA) e até Marcos (Palmeiras) podem pintar.
Lateral-direito
Aqui, não há dúvida. Maicon e Daniel Alves são os únicos que agarraram a chance com a camisa 2 e merecem muito a posição. Azar de Cicinho e outros, que passaram por ali, mas não agarraram a chance como deveriam.
Zagueiro
Vários garantidos também. Se não houver problema físico, acredito no quarteto Lúcio, Juan, Luisão e Miranda. Destes, quem mais corre risco de ficar fora é Juan, pois vive machucado. O seu lugar pode ser ocupado por Thiago Silva (Dunga o adora) ou Alex Silva (idem ao anterior).
Lateral-esquerdo
André Santos teve uma chance de ouro na Copa das Confederações e a agarrou com muita personalidade. Merece o lugar, ao menos por enquanto. Seu reserva, todavia, é uma incógnita. Kléber voltou a jogar bem e pode voltar, por ter a confiança da comissão técnica. Marcelo, ainda muito jovem, parece imaturo para assumir um espaço na Seleção. Gilberto foi muitas vezes convocado, mas perdeu espaço.
Volante
Gilberto Silva é o queridinho e não sei de lá. Ponto final. Felipe Melo foi o grande achado da posição e deve seguir o mesmo caminho até o final da Copa. Na reserva, restam duas vagas. Josué foi mais vezes convocado, mas ainda não emplacou. Mineiro perdeu espaço e ficou esquecido. Os jovens Lucas, Anderson, Hernanes e Denilson são os favoritos para as outras duas vagas, ainda abertas. Até Richarlyson pode pintar. Acho que Renato, do Sevilla, merecia ao menos uma chance.
Meia
Kaká é o camisa 10 e grande estrela da constelação. Sua presença é até mais importante do que a de Dunga. Seu reserva, porém, é outro problema a ser resolvido. Diego é o mais indicado, mas não goza da confiança do chefe. Melhor para Júlio Baptista. Só uma temporada brilhante do ex-santista na Itália pode sensibilizar Dunga. Nas outras duas vagas, Elano e Ramires devem ser os escolhidos, até pela produtividade.
Atacante
A dupla Robinho e Luís Fabiano é intocável, ao menos por enquanto. O camisa 9 marcou 19 gols na era Dunga, o que o credencia a ser o titular absoluto. Seu reserva, a princípio, segue indefinido. Adriano, Nilmar, Alexandre Pato e Ronaldo brigam pelo lugar. Se continuar marcando gols no Flamengo, vai Adriano. Assim, o reserva de Robinho seria... Nilmar. Dunga não vê em Pato um jogador pronto para a Seleção principal. Já Ronaldo... bem, não duvidem!
Brasil favorito, Argentina decepção, Espanha e Inglaterra garantidos
Agora, o Brasil tem 33 pontos e aumentou mais sua liderança nas Eliminatórias. O Paraguai, outro classificado, venceu a Argentina por 1 a 0 e complicou ainda mais a vida da Seleção de Diego Maradona. O ex-craque argentino, por sua vez, garantiu que não pedirá demissão.
"Não tenho medo das críticas, não tenho medo de ninguém. Faço meu trabalho, tenho meu time e vou seguir adiante. Enquanto tiver uma gota de sangue vou lutar para que a Argentina se classifique. Não estamos fora da Copa. Temos uma chance", disparou Maradona, ao final da partida. Porém, ele teme a repescagem. "Esta é a realidade que temos e temos que enfrentá-la. Nós tivemos que ir a Austrália em uma repescagem e ninguém morreu".
Mais classificados!
Enquanto isso, na Europa, Inglaterra e Espanha garantiram suas vagas. Os ingleses seguiram 100% nas Eliminatórias e golearam a Croácia por 5 a 1. O italiano Fabio Capello, apesar da fama de retranqueiro, soube fazer o English Team praticar um futebol ofensivo e brilhante. Destaques para Gerrard, Lampard e Rooney, enquanto Beckham é apenas reserva.
A Copa do Mundo começa a se desenhar, mas alguns favoritos temem em ficar fora. A Argentina não é a única que pode ficar fora do Mundial. Apesar de ter menos força que nossos hermanos, Portugal também corre risco. O time de Pepe, Deco e Liédson venceu a Hungria por 1 a 0, e segue com chances. Caso contrário, Cristiano Ronaldo e sua marra passarão longe da África do Sul...
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Há 19 anos...
Há 19 anos, Edir Macedo assumia o controle da Rede Record de Televisão.
Há 19 anos, Nélson Mandela era libertado, após 28 anos, na África do Sul.
Há 19 anos, Fernando Collor assumia a presidência do Brasil.
Há 19 anos, a Miss Universo era a norueguesa Mona Grudt.
Há 19 anos, o Iraque invadia o Kuwait.
Há 19 anos, o Brasil era tricampeão mundial.
Há 19 anos, Pelé fazia sua despedida oficial, com 50 anos.
Há 19 anos, o São Paulo era bicampeão brasileiro e sequer havia vencido Libertadores ou Mundial.
Há 19 anos, era lançado o Super Nintendo, video-game que eternizou o bigodudo Mario.
Há 19 anos, o Líbano via o fim de uma Guerra Civil.
Há 19 anos, o mundo ainda vivia sob o trauma da Guerra Fria.
Há 19 anos, Kaká acabara de completar oito anos e não pensava em ser o Melhor Jogador do Mundo.
Há 19 anos, nasciam os laterais Rafael e Fábio, gêmeos que hoje defendem o Manchester United.
Há 19 anos, morria a modelo Adriana de Oliveira.
Há 19 anos, morria Luís Carlos Prestes, grande expoente do comunismo brasileiro.
Há 19 anos, quem também falecia era Cazuza.
Há 19 anos, a Copa do Mundo era transmitida por todas as emissoras de televisão.
Há 19 anos, as novelas Pantanal e Rainha da Sucata eram sucessos.
Há 19 anos, Ayrton Senna era bicampeão mundial de Fórmula 1.
Há 19 anos, o Criciúma (hoje na Série C) era campeão da Copa do Brasil. O técnico? Luiz Felipe Scolari.
Por fim: há 19 anos, Rogério Ceni treinava pela primeira vez com a camisa do São Paulo.
O tempo passa... mas algumas coisas seguem as mesmas.
Parabéns, capitão!
domingo, 6 de setembro de 2009
Brasil garantido na Copa 2010

Com show de Kaká e principalmente Luís Fabiano, a Seleção Brasileira passeou sobre a Argentina e venceu por 3 a 1, em Rosário, pela 15ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2010. O resultado garantiu o Brasil no Mundial da África do Sul e complicou a vida dos argentinos.
Com 30 pontos, os brasileiros têm somente jogos tranqüilos daqui para o frente, o que permitirá a Dunga fazer testes e mais testes na Seleção. O primeiro desafio é contra o Chile, que só toma goleada quando enfrenta a amarelinha, em Salvador. Depois, pega Bolívia, em La Paz, e Venezuela, possivelmente em Campo Grande.
Já os argentinos não sabem se dão risada ou choram. Enfrentam o Paraguai em Assunção, na próxima quarta-feira, e fecham sua participação das Eliminatórias contra o Uruguai, em Montevidéu. Ou seja: dois tropeços (possíveis!) e a vaga na Copa escorrerá por entre os dedos de Diego Maradona.
Diferenças!
Em campo, o Brasil mostrou porque é mais time que a Argentina, apesar de ser menos badalado. Os brasileiros formam um time, com jogadas ensaiadas e sabedoria para atacar e defender. Os argentinos, que não têm organização defensiva/ofensiva e não possuem conjunto, esperam que tudo saia do pé esquerdo de Messi. E ontem (hoje já é domingo) não saiu.
Esta é a diferença...
Justiça!
Justiça seja feita a Luís Fabiano. Enquanto muitos pedem a volta de Ronaldo ao posto de titular, o ex-centroavante de Ponte Preta e São Paulo sempre corresponde com a camisa 9. Fez gols contra o Uruguai, contra os Estados Unidos, contra a Itália e agora contra a Argentina. Sem contar os jogos mais fáceis...
Ele é o 9 que o Brasil precisa na Copa do Mundo.
FOTO: DIÁRIO OLÉ
sábado, 5 de setembro de 2009
Análise do Brasileirão - parte II
Depois dos paulistas, os cariocas serão analisados neste sábado. No entanto, pela ausência do Vasco, que disputa a Série B do Brasileiro, abordaremos também os times do Sul - Avaí, Atlético-PR e Coritiba - no post.
Confira a análise:
Atlético-PR
Contratações: Claiton (volante, sem clube), Rafael Miranda (volante, Atlético-MG), Paulo Baier (meia, Sport), Eduardo (atacante, Atlético-MG) e Alex Mineiro (atacante, Grêmio).
Saídas: Rafael Santos (zagueiro, Bologna-ITA), Antonio Carlos (zagueiro, Atlético-GO), Gustavo Lanzzaretti (zagueiro, Vitória de Guimarães-POR), Netinho (meia, dispensado), Rafael Moura (atacante, dispensado) e Jorge Preá (atacante, Palmeiras).
Análise - Apesar da campanha ruim, o Atlético-PR tinha em Antonio Carlos, Rafael Santos, Netinho e Rafael Moura uma base boa para brigar pela Sul-Americana. De uma hora para a outra, perdeu todos eles: três foram dispensados pela diretoria, enquanto Santos foi negociado. A diretoria trouxe Paulo Baier e Alex Mineiro, mas o elenco ainda carece de boas opções.
Avaí
Contratações: Douglas (zagueiro, Flamengo), Fabinho Capixaba (lateral-direito, Palmeiras) e Xaves (volante, Ituano).
Saídas: Odair (meia, Bahia), Ricardinho (meia, Vila Nova), Abuda (atacante, Brasiliense), Lima (atacante, Metalistic-UCR) e Rafael Costa (atacante, sem clube).
Análise - O Avaí ficou 11 jogos sem perder, muito por causa da manutenção do elenco. Os principais jogadores, como Marquinhos, Emerson e Luís Ricardo, foram mantidos, enquanto outras peças foram contratadas, como o zagueiro Douglas e o lateral Fabinho Capixaba. Além disso, conta com o bom trabalho de Silas. Ganhou mais opções e portanto ficou mais forte.
Botafogo
Contratações: Jéferson (goleiro, futebol turco), Michael (lateral-esquerdo, Dínamo de Kiev-UCR), Jônatas (meia, Flamengo), Lúcio Flávio (meia, Santos) e André Lima (atacante, São Paulo).
Saídas: Maicossuel (meia, Hoffenheim-ALE), Lucas Silva (meia, Bahia), Jean Carioca (meia, Ponte Preta) e Tony (atacante, Duque de Caxias).
Análise - Perdeu seu grande jogador, Maicossuel, mas foi buscar Lúcio Flávio no Santos. Ainda trouxe Jéferson para resolver os problemas no gol, o polivante Michael, ex-Palmeiras e Santos, além de Jônatas e André Lima. Ou seja, tem um elenco mais encorpado para o restante do Brasileirão. Ficou mais forte.
Coritiba
Contratações: Angelo (lateral-direito, Cruzeiro), Jeci (zagueiro, Palmeiras), Jailton (volante, Fluminense), Leozinho (meia, Icasa), Thiago Gentil (atacante, sem clube).
Saídas: Felipe (zagueiro, Standard Liége-BEL), Rodrigo Mancha (volante, Santos) e Marlos (meia, São Paulo).
Análise - O grande reforço foi a permanência de Marcelinho Paraíba, mas a grande dependência dele pode ser fundamental para a caída do Coritiba. Trouxe nomes como Thiago Gentil e Jeci, que são conhecidos, mas não tem atuações consistentes há um bom tempo. Perdeu jovens como Felipe, Rodrigo Mancha e Marlos, que seriam boas opções. Em resumo, ficou mais fraco.
Flamengo
Contratações: Alvaro (zagueiro, Internacional), David (zagueiro, Panathinaikos-GRE), Maldonado (volante, Fenerbahçe-TUR), Petkovic (meia, sem clube) e Denis Marques (atacante, sem clube).
Saídas: Ibson (volante, Spartak Moscou-RUS), Jônatas (meia, Botafogo), Emerson (atacante, Al Ain-CAT) e Josiel (atacante, sem clube).
Análise - Apesar das saídas de Ibson e Emerson, o Flamengo ficou mais forte graças às boas opções ganhas por Andrade. O zagueiro Alvaro e o volante Maldonado (foto, acima) foram os últimos contratados. Além disso, a diretoria trouxe David, ex-Palmeiras, e Denis Marques, novo companheiro de Adriano. Pode não brigar por título ou Libertadores, mas tem um elenco mais encorpado.
Fluminense
Contratações: Paulo César (lateral-direito, Toulouse-FRA), Gum (zagueiro, Ponte Preta), Urrutia (volante, LDU-EQU), Fábio Santos (volante, Lyon-FRA), Adeilson (atacante, Nice-FRA) e Roni (atacante, Santos).
Saídas: Eduardo Ratinho (lateral-direito, Santo André), Jailton (volante, Coritiba), Leandro Bonfim (meia, sem clube), Thiago Neves (meia, Al Hilal-EAU) e Everton Santos (atacante, sem clube).
Análise - Ficou mais forte, mas é um daqueles exemplos de que não adianta contratar. Pelo desempenho no primeiro turno, o Fluminense dificilmente escapará da Série B. Para o segundo turno, os cariocas apresentarão os veteranos Paulo César, Urrutia, Fábio Santos e Roni, além da promessa Gum. No banco, estará Cuca, que novamente chega às Laranjeiras como a esperança de evitar o rebaixamento. Conseguirá?
FOTO: VIPCOMM
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Balanço de Transferências

Começarei pelos paulistas.
Barueri
Contratações: Otacílio Neto (atacante, Barueri).
Saídas: João Leonardo (zagueiro, América-RN), Fernandinho (atacante, Hertha Berlim-ALE) e Pedrão (Al Shabab-CAT).
Análise - O Barueri ficou mais fraco. Perdeu o seu grande artilheiro para o mundo árabe e também viu seu melhor jogador deixar o clube antes do fim da competição. O sonho de surpreender e brigar por Libertadores ficou pelo caminho. Agora, o sonho é mesmo a Copa Sul-Americana.
Corinthians
Contratações: Edgar Balbuena (zagueiro, Libertad-PAR), Paulo André (zagueiro, Le Mans-FRA), Edu (volante, Valencia-ESP), Marcelo Mattos (volante, Panathinaikos-GRE), Defederico (meia, Huracán-ARG) e Bill (atacante, Bragantino).
Saídas: Wellington Saci (lateral-esquerdo, Atlético-MG), André Santos (lateral-esquerdo, Fenerbahçe-TUR), Cristian (volante, Fenerbahçe-TUR), Fabinho (volante, Cruzeiro), Douglas (meia, Al Wahda-CAT), Lulinha (meia, Estoril-POR), Acosta (atacante, Náutico) e Otacílio Neto (atacante, Barueri).
Análise - O Corinthians também perdeu força. E muita. Era o melhor time do Brasil por ter um lateral ofensivo e que sabia marcar, pela boa fase de um volante cuja raça e disposição impressionavam e por ter um camisa 10 na acepção da palavra. Perdeu tudo isso. De quebra, Ronaldo ainda se machucou e prejudicou os planos de Mano Menezes. Ainda bem que a Libertadores está garantida...
Palmeiras
Contratações: Henrique (lateral-direito, Ituano), Figueroa (lateral-direito, Colo Colo-CHI), Obina (atacante, Flamengo), Robert (atacante, América-MEX) e Vágner Love (atacante, CSKA Moscou-RUS).
Saídas: Fabinho Capixaba (lateral-direito, Avaí), Mozart (volante, Livorno-ITA), Evandro (meia, Atlético-MG) e Keirrison (atacante, Barcelona-ESP).
Análise - Líder do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras pode comemorar o fato de ter melhorado seu elenco na janela. Apesar de perder Keirrison para o Barcelona, trouxe Obina e repatriou Vágner Love. Ou seja, aumentou as opções de ataque. Contratou ainda dois laterais e se livrou de Fabinho Capixaba e Mozart. Por fim, trocou Vanderlei Luxemburgo por Muricy Ramalho. Isso que é upgrade.
Santo André
Contratações: Rogério (zagueiro, Bahia), Eduardo Ratinho (lateral-direito, Fluminense), Ávine (lateral-esquerdo, Bahia), Sidney (volante, Trofense-POR), Dionísio (volante, Santos), Camilo (meia, Cruzeiro) e Wanderley (atacante, Cruzeiro).
Saída: Dininho (zagueiro, sem clube).
Análise - Perdeu o bom trabalho de Sérgio Guedes para apostar em Alexandre Gallo, técnico de trabalhos instáveis e muitos problemas de relacionamento por onde passa (Santos, Inter, Bahia...). Com isso, perdeu a força que mostrou no início do Brasileiro. Trouxe alguns bons nomes, como Eduardo Ratinho e Wanderley, mas nada que o tirasse do cargo de coadjuvante.
Santos
Contratações: Sérgio (goleiro, Itumbiara), George Lucas (Celta-ESP), Rodrigo Mancha (volante, Coritiba), Emerson (volante, Milan-ITA) e Jean (atacante, Al Sharjag-CAT).
Saídas: Fabiano Eller (zagueiro, Internacional), Adriano (volante, São Caetano), Roberto Brum (volante, sem clube), Molina (meia, Seongnam Ilhwa-COR), Lúcio Flávio (meia, Botafogo), Bolaños (atacante, Internacional) e Roni (atacante, Fluminense).
Análise - Fez uma única boa contratação - George Lucas - e repatriou Emerson, mais pela grife do que pela fase atual. Ainda tem pérolas em seu elenco, como o veterano Sérgio (ex-Palmeiras) e o inconstante Jean (ex-Flamengo, Fluminense, Vasco e Corinthians). Perdeu nomes importantes, como Fabiano Eller, Molina e Roni. De quebra, recorreu aos trabalhos de Vanderlei Luxemburgo. Pode-se dizer que, se não piorou o que já tinha, também não melhorou.
São Paulo
Contratações: Adrián González (lateral-direito, San Lorenzo-ARG), Nelson Saavedra (zagueiro, Palestino-CHI), Rodrigo (zagueiro, Dínamo de Kiev-UCR) e Marlos (meia, Coritiba).
Saídas: Jean Rolt (zagueiro, Ponte Preta), Eduardo Costa (Monaco-FRA) e André Lima (atacante, Botafogo).
Análise - Trouxe um lateral-direito de origem, que mostrou qualidade e experiência que podem ser úteis. Garantiu a permanência de Rodrigo, recuperado de embolia, e trouxe Marlos, revelação do Coritiba. De quebra, perdeu Eduardo Costa, Jean Rolt e André Lima, que não farão falta neste momento. O maior reforço, porém, é a volta de Rogério Ceni. Ficou mais forte para o segundo turno.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Vieri no Palmeiras?

Interessados, a princípio, não faltam. Vieri já negociou com o Flamengo e também com o Santos, mas agora parece estar na mira do Atlético-PR. Outro clube que poucos (ninguém, na verdade) falam é o Palmeiras, que carece de um centroavante mais regular, enquanto Obina e Ortigoza cansam de perder gols.
A informação não é 100% precisa, mas o presidente palmeirense Luiz Gonzaga Belluzzo teria vindo ao Hotel Vitória, em Campinas, onde o craque está hospedado, para iniciar uma negociação. Por ser italiano, Vieri cairia como uma luva nas tradições do Palmeiras, mas a idade avançada e o tempo sem jogar pode fazer a diferença.
O Palmeiras ainda espera por Vágner Love. Se não der certo...
Vieri faz tratamento intensivo com Nivaldo Baldo, aquele que cuida da carreira de Amoroso e o recuperou para o futebol.
Em sua vencedora carreira, Vieri vestiu as camisas de Torino, Pisa, Veneza e Atalanta antes de chegar a Juventus. Aqui, fez dupla com Del Piero e ganhou destaque, sendo negociado com o Atlético de Madrid. Ficou um ano na Espanha e, após 24 gols em 24 jogos, foi comprado pela Lazio.
Depois, jogou na Inter de Milão, que pagou US$ 46,5 milhões para tirá-lo do clube romano. Fez dupla com Ronaldo Fenômeno e marcou 103 gols pelo clube em 145 jogos. Defendeu ainda Milan, Monaco, Sampdoria, Atalanta e Fiorentina. Jogou as Copas de 98 e 2002 como titular da Seleção Italiana, onde marcou 23 gols em 49 jogos.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
São Caetano contrata meia argentino para a Série B

O São Caetano confirmou nesta quinta-feira a contratação de mais um reforço para a seqüência do Campeonato Brasileiro da Série B. É o meia argentino Damián Luna, de 23 anos, que já passou por San Lorenzo, Universidad Católica e Independiente.
"É um grande jogador. Canhoto, bom toque de bola, que faz a diferença no meio-campo. Lembra o Douglas (meia que deixou o Corinthians recentemente e também vestiu a camisa do Azulão)", afirmou o presidente Nairo Ferreira de Souza, responsável pela contratação.
É mais um reforço para o técnico Antonio Carlos (foto acima). O São Caetano venceu sete dos últimos oito jogos, sendo cinco seguidos. O Azulão é o sétimo colocado da Série B, com 27 pontos.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Pé de obra
Os números são claros. Desde a abertura da janela de transferências, no início de agosto, 531 jogadores (sejam craques, bons ou ruins) deixaram o Brasil em busca de oportunidades na Espanha, em Portugal, na Alemanha, no Japão, na Lituânia, na Turquia...
Isto é um caso sério e que compromete o futuro do futebol brasileiro. Recentemente, a Placar fez uma matéria expondo as dificuldades dos clubes de manterem jogadores de 12, 13 e 14 anos, já assediados pelos grandes europeus. Aconteceu isso com os laterais Rafael e Fábio, que trocaram o Fluminense pelo Manchester United, e também com o atacante Alexandre Pato, que após seis meses no profissional foi vendido ao Milan.
Esta fraqueza econômica só atrapalha a evolução do futebol brasileiro, que acontece de forma quase imperceptível. Adequação de calendários, loterias para salvar os clubes e muito menos a Lei Pelé impedirá que Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Vasco, Fluminense, Internacional e todos os outros percam suas promessas. É preciso algo mais.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Significado das estrelas dos clubes brasileiros

A pedido de um amigo, aí estão os significados:
Atlético-MG
A estrela dourada acima do escudo lembra o único título de campeão brasileiro do clube, conquistado em 1971. O Atlético já teve também duas estrelas vermelhas no uniforme, entre 1997 e 1999. Elas representavam os dois títulos do time na Copa Conmebol (em 1992 e 1997), um torneio sul-americano que não existe mais.
Botafogo
As quatro estrelas douradas acima do escudo representavam a conquista do tetracampeonato carioca, entre 1932 a 1935. Em 2003, a diretoria do clube decidiu tirá-las, dando destaque apenas à Estrela Solitária dentro do símbolo.
Corinthians
As estrelas do símbolo do Corinthians também representam títulos. As quatro estrelas prateadas representam o tetracampeonato brasileiro, conquistado nos anos de 90, 98, 99 e 2005. A estrela dourada, um pouco maior, é referente ao título mundial, de 2000.
Cruzeiro
Tem a camisa cheia de estrelas, mas curiosamente nenhuma delas representa os grandes títulos do time. As cinco estrelas brancas na verdade estão dispostas como a constelação Cruzeiro do Sul, que, além de ser um dos principais símbolos do Brasil, inspirou o nome do clube em 1942, quando ele deixou de se chamar Palestra Itália.
Flamengo
As quatro estrelas alinhadas podem ser vermelhas, na camisa branca, ou prateadas, na rubro-negra, e lembram os quatro tricampeonatos cariocas que o Flamengo ganhou: 1942/43/44, 1953/54/55, 1978/79/79 (campeonato especial) e 1999/2000/2001. Já a estrela dourada acima delas é pelo título do Mundial Interclubes de 1981.
Fluminense
As três estrelas douradas se referem aos três tricampeonatos cariocas do time, em 1917/18/19, 1936/37/38 e 1983/84/85. O curioso é que o Fluminense também tem no seu currículo de glórias um tetracampeonato carioca, obtido em 1906/07/08/09, que, no entanto, não recebeu o mesmo tipo de homenagem.
Grêmio
A estrela de bronze representa os campeonatos brasileiros de 1981 e 1996. A prateada lembra os títulos da Taça Libertadores, em 1983 e 1995. Por fim, a dourada é pelo Mundial Interclubes de 1983. O clube tem ainda uma estrela solitária na sua bandeira, em homenagem ao gremista Everaldo, campeão do mundo pela Seleção Brasileira em 1970 e que morreu num acidente de carro em 1974.
Internacional
O tradicional clube gaúcho já ganhou o Campeonato Brasileiro por três vezes: em 1975, 1976 e 1979. Também levou a taça da Copa do Brasil disputada em 1992. São essas quatro grandes glórias no futebol nacional que são saudadas pela constelação de estrelas douradas acima do escudo do Internacional.
Palmeiras
Já teve estrelas acima do escudo. Em 2002, por exemplo, eram quatro em homenagem às conquistas dos campeonatos brasileiros de 1972, 1973, 1993 e 1994. Este ano, porém, na camisa só há o escudo, que por sua vez também tem estrelas. São oito, lembrando o mês de agosto, o oitavo do ano e aquele no qual o Palmeiras foi fundado, em 1914.
Santos
As duas estrelas douradas são pelo bicampeonato Mundial Interclubes, em 1962/63. O Campeonato Brasileiro de 2002 não rendeu uma nova estrela por coerência. É que o Santos não encara essa conquista como algo inédito, considerando-se heptacampeão nacional por causa dos títulos que tem da Taça do Brasil (1961/62/63/64/65) e da Taça de Prata (1968).
São Paulo
As duas estrelas amarelas representam as medalhas de ouro conseguidas pelo saltador Adhemar Ferreira da Silva, nos Jogos Olímpicos de 1952 e nos Jogos Pan-Americanos de 1955. As três estrelas vermelhas representam os três títulos mundiais do clube, conquistados em 92, 93 e 2005.
Vasco
Quatro estrelas se referem aos campeonatos brasileiros de 1974, 1989, 1997 e 2000. A quinta é pelo Campeonato Sul-Americano de 1948; a sexta, pela Taça Libertadores de 1998; a sétima, pela Copa Mercosul de 2000. A oitava estrela lembra o chamado "Campeonato de Terra-e-Mar" em 1945, quando o Vasco ganhou os torneios estaduais de futebol e de remo.
Confirmado: Zé Carlos é da Lusa

A Portuguesa confirmou nesta quarta-feira a contratação do atacante Zé Carlos, que rescindiu contrato com o Cruzeiro. O jogador, que se destacou com as camisas de Corinthians Alagoano e Paulista, assinou contrato com a Lusa até o final do Paulistão 2010.
A informação foi divulgada em primeira mão pelo Blog do Borges há quase um mês.
A transferência demorou para ser concretizada pela suspensão do atacante, expulso no clássico contra o Atlético-MG, e também pela não liberação do Cruzeiro.
Outro furo!
Além da contratação de Zé Carlos, o Blog do Borges divulga com antecedência a contratação do técnico René Simões. A Portuguesa demitiu Paulo Bonamigo após a derrota para o ABC, em Natal, e acertou a volta do ex-técnico da Seleção Brasileira Feminina. Simões trabalhou no Canindé em duas oportunidades: 86/86 e 2001.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
O retorno do capitão

Na quinta-feira, dia 6, Rogério participou de um treinamento e não gostou do próprio desempenho. Marcou um gol de pênalti, mas sofreu dois gols e teve alguns movimentos prejudicados. Nesta terça-feira, dia 11, foi diferente. Mais à vontade, o capitão treinou sob os olhares atentos de Ricardo Gomes e saiu de campo satisfeito. Não sofreu gols, cobrou várias faltas e participou ativamente da partida.
O retorno de Rogério Ceni será o principal reforço do São Paulo para a seqüência do Campeonato Brasileiro. Mais do que o capitão em campo, o goleiro é o exemplo fora dele. Poucos jogadores no atual futebol brasileiro se doariam como ele se doou: fez fisioterapia 16 horas por dia desde a cirurgia e voltou a jogar o quanto antes.
Ele é o exemplo que o time precisa para embalar no torneio e brigar fortemente pelo heptacampeonato brasileiro. "Não seremos coadjuvantes em novembro", garantiu Ceni, que deve voltar contra o Fluminense, dia 19, no Morumbi. Fique tranqüilo, capitão: coadjuvante, você já não é.
FOTO: VIPCOMM
O certo pelo duvidoso

Com esta atitude, Estevam repete o que vários outros treinadores fizeram e, em sua maioria, quebraram a cara. Mais vale manter a boa fase no Barueri do que arriscar todo o bom trabalho no Botafogo. Cuca sofreu isso duas vezes no ano passado, ao tentar reerguer Santos e Fluminense. O tiro saiu pela culatra.
Gallo também já viveu esta situação, quando largou o campeão catarinense Figuerense para assumir o sempre em crise Atlético-MG. Até hoje o ex-volante se arrepende disso. Estevam, apesar de não dizer, aceitou a proposta do Botafogo em busca do reconhecimento que perdeu desde que deixou o Palmeiras, em 2004.
Pode ser apenas um pressentimento pessimista, mas a troca não será das melhores para Estevam Soares...
sábado, 8 de agosto de 2009
Juca Kfouri - O Militante da Notícia

Para quem não conhece, aí vai uma dica de leitura: Juca Kfouri - O Militante da Notícia. Escrito por Carlos Alencar, o livro é curto, de fácil leitura e explora alguns episódios da vida do sociólogo que virou jornalista por convite, mais do que por opção. Fala sobre o corintianismo de Juca e também dos atos miitantes do jornalista em sua carreira.
Convidado para assumir a editoria da revista Placar, Juca Kfouri deixou a Universidade de São Paulo em meados da década de 70 e entrou no mundo do jornalismo, sem sequer ter um diploma para isso - coisa que, atualmente, não é mais necessário. Além de Placar, passou por Playboy, Lance!, Folha de S. Paulo, O Globo, Estadão, TV Globo, Rede TV, SBT e CNT.
Atualmente, possui um blog no Uol - um dos mais acessados do Brasil - e escreve na Folha, além de ter um programa de entrevistas na ESPN Brasil e trabalhar na CBN, em programa diário. Um exemplo para os que iniciam a carreira de jornalismo pela ética e disposição de correr atrás de informações sigilosas do nebuloso mundo esportivo.
Vale a pena conferir.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Desmanche no Barueri

Tudo começou com Pedrão.
Maior artilheiro da história do clube, com 126 gols, o atacante aceitou uma proposta do Al-Shabab, dos Emirados Árabes. Em busca da independência financeira, fez biquinho e conquistou sua liberação junto à diretoria do Barueri.
O segundo a sair deve ser Thiago Humberto.
Meia-atacante de habilidade na perna esquerda, o camisa 10 assinou um pré-contrato com o Internacional e será jogador colorado a partir de janeiro.
Fernandinho também está com os dias contados.
Segundo Elicarlos, comentarista da Rádio Bandeirantes, de Campinas, o camisa 11 deve ser um dos muitos reforços do Corinthians para a disputa da Libertadores de 2010.
É isso que acontece com os clubes menores: criam e formam os jogadores para perdê-los por milhagas ou, na maioria das vezes, nada.
Quem será o próximo?
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
O campeão voltou

Ricardo Gomes foi anunciado como novo técnico do São Paulo em 20 de junho e começou a trabalhar quatro dias depois. Hoje, 44 dias após seu início, o treinador recebe os primeiros elogios da imprensa e até mesmo da torcida do São Paulo. Em dez jogos, foram seis vitórias, dois empates e duas derrotas, um aproveitamento de 66,6% dos pontos disputados. Ainda é cedo para falar se ele é o nome ideal, mas é preciso reconhecer alguns méritos:
1 - Estilo de jogo
O São Paulo deixou de lado a bola parada e os gols de cabeça para voltar a jogar com o pé. Dos 16 gols marcados desde a chegada de Ricardo Gomes, só dois foram de cabeça. O time ainda fez um gol de falta e dois em cobranças de pênaltis. Isso sim é uma mudança de estilo. Bem diferente dos intermináveis chuveirinhos...
2 - Toque de bola
Além de evitar as bolas altas, o São Paulo decidiu adotar um estilo de jogo veloz, com toque de bola, ao invés de trombadores no meio-campo. Jean ganhou a vaga de Zé Luís e Richarlyson, a de Eduardo Costa. Dagoberto passou a ser titular absoluto e cresceu de produção, assim como Hernanes.
3 - Dagoberto
Na minha visão, o principal mérito da era Ricardo Gomes. Dagoberto ganhou espaço na equipe e passou a ser fundamental. Com Muricy, joga uma, ficava duas fora, voltava de novo... Agora, o camisa 25 virou absoluto e ganhou confiança para jogar. Resultado: quatro gols nos últimos jogos, além das assistências. Até os cartões amarelos sumiram.
4 - Washington ou Borges
Com o novo técnico, é assim: apenas um tem espaço no time titular. Deste jeito, o São Paulo passou a ser mais perigoso e consistente. É sabido que dois centroavantes parados não dão certo juntos. Muricy insistiu no poder ofensivo dos dois e esqueceu o que Ronaldo e Adriano fizeram na Copa de 2006.
5 - Confiança
Os resultados apareceram, mesmo após um início inconstante, e deram confiança ao time, que acertou o pé novamente e deve brigar pelas primeiras posições na tabela. Hoje, o São Paulo está mais preparado, por exemplo, do que o Corinthians, que vendeu três titulares, ou o Atlético-MG, que não tem peças de reposição.
6 - Rogério Ceni
A previsão era de sete meses. Tinha gente que acreditava em Rogério Ceni somente em 2010. Ou em outubro. Mas ele é diferente. Fez fisioterapia quase todos os dias desde a sua cirurgia no tornozelo esquerdo, em 13 de abril, e deve voltar ao time, no mais tardar, em 19 de agosto, contra o Fluminense. Ainda dá tempo de voltar no dia 9, contra o Goiás. Sua presença será importantíssima para o crescimento do time.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Entrevista - Estevam Soares

Murilo Borges - Estevam, como foi a preparação do Barueri?
Estevam Soares - A preparação foi boa. Ainda estamos buscando a recuperação no Brasileiro.
MB - Como fazer o Barueri voltar a ser aquele do início da competição?
ES - Precisamos é de tranqüilidade. Isso é normal, é difícil se manter sem derrotas em um campeonato tão equilibrado como o Brasileiro. Estamos trabalhando bem e temos que seguir assim para voltarmos à boa fase.
MB - E a partida contra o Vitória?
ES - Será novamente um jogo difícil, como todos que enfrentamos até agora.
MB - Tem problemas? Quem vai jogar?
ES - Não temos o Ralf (volante, suspenso pelo terceiro cartão amarelo) e o Val Baiano (atacante, machucado). Para os lugares deles, ainda não defini quem entra. Na frente, deve ser o Otacílio Neto (ex-Corinthians). No meio-campo, tem o Márcio Hahn e o João Vítor.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Amoroso no Santos

A informação é do repórter Pedro Santos, da Rádio Brasil, de Campinas.
Aos 35 anos, o atacante se recupera de uma lesão na tíbia e não joga desde o dérbi no Campeonato Paulista, em 8 de fevereiro.
Em decadência física e técnica, Amoroso é mais um dos homens de confiança de Luxemburgo.
Foi assim com Emerson, outro reforço veterano do Santos.
Após passagens ruins por Milan, Corinthians, Grêmio e Guarani, Amoroso não mostra que pode resolver os problemas do Santos.
Será ele a solução?
Presidente do Barueri explica os salários atrasados

Murilo Borges - Presidente, recebi uma informação de que o Barueri está com salários atrasados. Isso procede?
Marcos Antônio de Almeida - Procede em partes.
MB - Como assim? Isso significa que é verdade?
MAA - Os salários estão atrasados, mas não há dois meses, como foi divulgado em vários meios de comunicação. O salário venceu no dia 30 e ainda não pagamos, mas o acerto acontecerá em breve. Na verdade, o que não foi pago foram os 50% dos direitos de imagem, que serão acertados logo.
MB - E a campanha do Barueri, qual é a análise que a diretoria faz?
MAA - Estamos além do planejado, até. Tínhamos feito um cálculo de 21 pontos nas primeiras 15 rodadas. Hoje, temos 22, então está tudo certo. Precisamos ainda evitar o perigo do rebaixamento, mas tenho convicção de que permaneceremos na elite do Campeonato Brasileiro.
MB - O Barueri quer mais reforços?
MAA - Alguns nomes estão sendo estudados, mas não há nada de concreto ainda.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Corinthians que não existe mais

O Corinthians não existe mais. Pelo menos não mais aquele time que venceu o Campeonato Paulista de forma invicta e a Copa do Brasil com brilhantismo, principalmente em jogos contra Fluminense e Internacional. A base daquela equipe foi vendida para o futebol europeu e agora, para remontar tudo, será muito complicado.
Os primeiros a saírem foram o lateral André Santos e o volante Cristian, comprados pelo Fenerbahçe (TUR). Depois, o lateral Wellington Saci foi emprestado ao Atlético-MG e o atacante Otacílio Neto, ao Barueri. O meia Douglas foi vendido ao Al Wahda, do Catar, enquanto o meia Lulinha foi emprestado ao Estoril (POR). Além disso, sofreu com a contusão do atacante Ronaldo, que o tirará dos gramados por oito jogos.
As negociações podem não parecer significativas, mas trazem à tona a constatação de que o Corinthians tinha um grande time, mas não um grande elenco. A diretoria ainda caiu no erro de vender dois laterais-esquerdo e dois meias. Ou seja, vendeu o titular e o reserva. E o planejamento da Libertadores?
Na lista de reforços, trouxeram o volante Edu (totalmente diferente de Cristian) e o atacante Bill, do Bragantino. Pouco para quem quer manter a sina de conquistas. Falta ainda um lateral-esquerdo (Sylvinho é o preferido) e um meia de criação, jogador praticamente raro nos dias atuais.
Da noite para o dia, o Corinthians deixou de ser um time de futebol altamente competitivo para virar "businnes", como bem descreveu o diretor de futebol Mário Gobbi. Tá certo, o futebol pode até ter virado businnes. Mas a torcida corintiana não quer nem saber se este ou aquele saiu. A cobrança será a de quem venceu os três últimos títulos que disputou.
Azar de quem vendeu.
sábado, 25 de julho de 2009
Palpites - 14ª rodada do Brasileirão

Confira os palpites:
Grêmio x Santo André
Os gremistas não vencem fora de casa, mas contam sempre com o apoio de sua torcida para vencer no Olímpico. O Santo André, após um bom início, passa por reestruturação. Vitória do Grêmio de Souza e Paulo Autuori.
Botafogo x Internacional
É incrível. O Botafogo só tem uma jogada: Juninho cobra falta de qualquer lugar do campo. Ou a bola entra ou alguém aproveita o rebote do goleiro. É assim que o time carioca deve aumentar a crise do Internacional, já sem Nilmar e sem Guiñazu, suspenso. Vitória do Botafogo de André Lima (Meu Deus!!!).
Atlético-PR x Avaí
O Avaí tem quebrado muito jornalista com palpites, inclusive este que escreve. Ganha em casa e sempre dá trabalho fora. Fruto do bom trabalho de Silas no comando da equipe. Desta vez, acho que dá empate entre Rafael Moura (o He-Man) e William (ex-Santos).
Corinthians x Palmeiras
O jogo mais complicado para prognósticos. Timão sem André Santos, Cristian e talvez Elias e Douglas. Mas com Ronaldo. Palmeiras sem a invencibilidade e Muricy Ramalho, que acompanhará a partida das tribunas. Jogo digno para empate, ainda mais pela rivalidade.
Santos x Flamengo
"Professor" Luxemburgo estreou com vitória e deve colocar um time mais solto para pegar o Flamengo. Deve dar resultado. O time carioca, sem técnico e dirigente, conta só com os gols de Adriano. Não deve ser o bastante. Há mais de 30 anos sem vencer o Peixe na Vila, o Mengo deve cair. Vitória de Luxa... ops, desculpe: do Santos.
Atlético-MG x Goiás
Os mineiros ainda estão na liderança, mas quase perderam o fio da meada contra o Fluminense. Parece estar em decadência. Acho que o Goiás pode complicar a coisa aqui. Ainda mais depois de vencer o Palmeiras. Aposto em empate.
Sport x Náutico
O Sport manda em todos os torneios pernambucanos, mas no Brasileiro é outra história. Aqui, o mando de campo faz a diferença. E é por isso que vai dar... Sport, de Emerson Leão e Wilson.
Barueri x São Paulo
O Barueri não perda há 10 rodadas (cinco vitórias e cinco empates). O São Paulo não vence um jogo fora de casa desde 25 de março, quando fez 2 x 1 no Noroeste, em Bauru. Mesmo assim, acho que está mais para o Tricolor. Vitória paulistana.
Fluminense x Cruzeiro
Sem Fred, Tartá... o Fluminense deve penar e muito para deixar a zona de rebaixamento do Brasileiro. Esta partida será um grande exemplo. Em recuperação, o Cruzeiro deve se impor no Maracanã e fazer a festa da torcida. Vitória celeste.
Vitória x Coritiba
A grande esperança de Paulo César Carpegiani são os gols de Roger. Este é o problema. Mas, mesmo assim, acredito em vitória baiana. O Coritiba oscila demais fora do Couto Pereira.